Robotbox conquista o título de graduada na UEPG

Robotbox conquista o título de graduada na UEPG

Um marco  importante foi alcançado na jornada da Robotbox na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG): a graduação da startup na Incubadora de Projetos Tecnológicos (Inprotec) da instituição. O primeiro certificado emitido sob a atual gestão da Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (Agipi) foi entregue em mãos para o CEO, Evandro Kafka Diadio, nesta quarta-feira (24). “A trajetória da Robotbox, uma startup de sucesso incubada na agência, serve como um modelo e inspiração para as startups que estão em fase de incubação”, destacou o diretor Cesar Eduardo Abud Limas.

O evento foi realizado nas instalações do Hub de Inovação, em que são desenvolvidas as atividades da startup. Para a Inprotec, a graduação indica que os caminhos traçados têm se mostrado eficazes, evidenciando o sucesso dos processos de empreendedorismo, gestão, inovação e aplicação de novas tecnologias. “Esse processo tem cunho motivacional na busca de condições melhores para fins de expansão do nosso horizonte e consolidação da Agipi e da Inprotec como órgãos vitais na UEPG vinculados efetivamente ao processo de ciência, tecnologia e inovação em termos de contribuição na tão necessária integração entre academia e desenvolvimento sócio-econômico”, relatou o chefe da incubadora Carlos Ubiratan da Costa Schier.

Outro fator significativo para a instituição foi a obtenção da certificação de qualidade CERNE 1, em 2023, da qual a Robotbox fez parte. Essa certificação avalia tanto a incubadora quanto às demais startups incubadas na UEPG, por meio de indicadores mercadológicos, de gestão e de organização. Segundo Carlos, essa avaliação contribui para a expansão e fortalecimento das startups, preparando-as para enfrentar os desafios do mercado. “A Inprotec, cumpriu sua missão de apoiar a startup, na medida em que esteve constantemente disponível para absorver e resolver as demandas de toda a ordem da Robotbox, bem como empenhou seu apoio no que tange a participação em eventos de toda a ordem que fossem necessários e importantes para divulgação da incubada”, concluiu. 

Neste ano, a Robotbox alcançou reconhecimento nacional ao vencer o Prêmio Sebrae Startup, estando entre os 1.000 negócios que mais se destacaram no país com base nos critérios de modelo de negócio, solução, alcance de mercado e capacidade de execução. Além disso, conquistou seis troféus na etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica. Entre os feitos inéditos, destacam-se os três primeiros lugares na categoria Seguidor de Linha Pro, além de prêmios nas modalidades Maker, Sumô Autônomo e Racing Pro. “O sucesso da Robotbox, evidenciado pela conquista de prêmios, demonstra a viabilidade e o potencial de crescimento para as empresas que contam com o suporte da Inprotec. A visibilidade alcançada pela Robotbox também ajuda a fortalecer o ecossistema de inovação da região, atraindo mais investimentos e talentos”, celebrou Cesar.

Robótica Desplugada 

A Robotbox inicia uma nova etapa e passa a atuar como parceira estratégica da universidade. A empresa adota uma abordagem inovadora de ensino por meio da robótica desplugada, baseada na produção de materiais didáticos voltados ao público infantil, com objetivo de promover o aprendizado de tecnologia sem a utilização de telas. 

Em entrevista à Agipi, o CEO da empresa, Evandro Kafka Diadio, compartilhou os desafios enfrentados e as conquistas alcançadas ao longo dos anos.

 

Como foi a experiência de participar do Programa de Incubação da UEPG e chegar ao nível de graduação?

Foi uma experiência importante e desafiadora. Estar na incubadora nos deu acesso a uma rede de apoio, orientações e oportunidades que dificilmente teríamos sozinhos naquele momento inicial. A graduação foi um marco de amadurecimento, mostrando que a RobotBox conseguiu trilhar um caminho sólido.

Quais foram os principais aprendizados durante o programa?

Aprendemos muito sobre gestão e estruturação de negócio. Muitas vezes a gente entra com a ideia, com a parte técnica forte, mas a incubadora força a olhar para questões que não são tão “glamourosas”, como processos administrativos, financeiro e jurídico. Além disso, entender como transformar um produto em algo escalável foi fundamental.

Como o programa impactou o desenvolvimento do negócio?

Impactou principalmente na organização e no direcionamento. A RobotBox já tinha uma proposta clara, mas dentro do programa conseguimos validar, ajustar e preparar a empresa para dar passos maiores.

Houve algum momento decisivo durante a incubação que mudou o rumo da empresa?

Sim. Teve um momento em que percebemos que não adiantava competir tentando fazer “mais do mesmo” que já existia no mercado. Foi aí que reafirmamos nossa identidade de robótica desplugada, sem telas, e passamos a comunicar isso de forma muito mais clara. Essa decisão deu outro rumo para a RobotBox.

Quais foram os principais desafios?

O principal desafio foi manter a empresa de pé, faturando e gerando receita suficiente para sustentar o crescimento. A incubadora ajuda em vários pontos, mas no fim do dia é a realidade do mercado que mostra se a empresa vai ou não se manter.

Que conselho você daria para startups que estão entrando agora em uma incubadora?

Aproveitem o máximo possível, mas sem esquecer que quem faz a empresa andar é você, não o programa. Usem a incubadora como apoio, mas não criem expectativa de que ela vai resolver os problemas. Sejam críticos, filtrem os conselhos e adaptem tudo à realidade do negócio.

Texto e fotos: Daniela Borcezi

 

 

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