
UEPG conquista novas patentes nas áreas de Farmácia e Química
Mais avanços na ciência! Em abril, a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) teve duas novas patentes concedidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), por meio da Agência de Inovação e Propriedade Intelectual (Agipi). As invenções se destacam nas áreas de Farmácia e Química, com o desenvolvimento de soluções naturais aplicáveis tanto em cosméticos quanto no meio ambiente.

Foto: Divulgação
A primeira patente trata da criação de um Lip Balm — batom labial — de formulação minimalista produzida a partir da amora, em que são priorizadas as matérias-primas essenciais da fruta. “Nós utilizamos a amora por meio de um processo de secagem (liofilização), que permite a manutenção das características físico-químicas e dos benefícios terapêuticos da fruta, conhecida por sua alta capacidade antioxidante”, explicou a professora Patrícia Mazureki Campos.
A pesquisa intitulada “Uso da amora (Rubus Braziliensis) e inclusão como ativo em composição cosmética em geral e Lip Balm” teve origem no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da acadêmica Andressa Sovinski Scheuer, formada em 2019. O estudo teve a participação das professoras Josiane de Fátima Padilha de Paula e Vanessa Lima Gonçalves Torres, além da empresária Anneleen K. M.Y Dewulf. Patrícia também destacou o apoio da Agipi durante todo o processo de registro da patente. “A AGIPI teve um papel fundamental na condução do pedido de patente — sempre solícitos, comprometidos e, diria até, carinhosos, nos ajudando a transformar a ideia em realidade”, afirmou Patrícia.

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A segunda patente concedida à UEPG é referente ao desenvolvimento de uma espuma vítrea produzida a partir de resíduos de vidro. O invento tem aplicação na remoção de poluentes emergentes como na descontaminação de água e efluentes. De acordo com a professora Sandra Regina Masetto Antunes, a invenção é resultado das pesquisas do Grupo de Pesquisa de Materiais Funcionais e Estruturais (GPMFE), vinculado ao Departamento de Química da universidade. “Esta conquista é resultado de anos de pesquisa básica e aplicada em materiais funcionais, destacando-se não apenas pela inovação tecnológica, mas também pela sustentabilidade, ao agregar valor aos resíduos sólidos”, destacou Sandra.
O estudo intitulado “Processo de obtenção de espuma vítrea aditivada com óxido de ferro e produto espuma vítrea aditivada com óxido de ferro aplicável na degradação de poluentes emergentes” têm como pesquisadores: André Vitor Chaves de Andrade, Eder Carlos Ferreira de Souza, Christiane Philippini Ferreira Borges, Maria Elena Payret Arrúa e Sandra Regina Masetto Antunes. O projeto também contou com a colaboração dos mestrandos, Carlos Guilherme Murr e Lucas Lion Kozlinskei, que participaram desde a concepção da ideia até os testes de eficiência do material. Com esse invento, o grupo de pesquisa já soma três patentes e segue no desenvolvimento de novas contribuições científicas e tecnológicas.
Texto: Daniela Borcezi
Foto de capa: Aline Jasper