A Companhia Arte das Águas de Ibirá, São Paulo, fez duas apresentações do espetáculo “Mazzaropi – Um certo sonhador” no evento de lançamento do 45º Festival Nacional de Teatro. A peça, que narra a história de Amacio Mazzaropi, um menino caipira e do interior que foge com o circo da cidade e conquista o cinema nacional, divertiu e emocionou a plateia.
O grupo venceu cinco categorias na premiação do 44º Fenata no ano passado (Melhor Espetáculo, Melhor iluminação, Ator Coadjuvante, Ator e Prêmio ao músico Ricardo Moisés). Além das premiações vencidas na categoria da “mostra adulta”, a companhia levou também o prêmio da RPC de Júri Popular.
Através de jogos de iluminação, cortina de luz, objetos multitarefas em cena e muitas interações com o público, os cinco atores apresentaram o espetáculo e envolveram a plateia com muita música. A história, narrada por uma “trupe” que conta a vida do Mazzaropi, fala também sobre as nuances da trajetória do artista e dos altos e baixos, com um tom de despertar o artista que existe em cada um.
Guiomar Silva é técnica judiciária e aproveitou para conferir o último dia do espetáculo. Ela conta que sempre acompanha o FENATA, mas no ano passado não conseguiu assistir o dia da apresentação de “Mazzaropi – Um certo sonhador”. “Achei maravilhoso, é muito emocionante, os artistas são ótimos e eles prendem a nossa atenção o tempo todo. A história é linda e teve um momento ali que eu quase chorei”.
O professor de teatro, ator e humorista, Igor Moreira, relata que achou a peça completa, tanto na atuação dos atores quanto na escolha do repertorio musical e roteiro. “Eu vim imaginando que talvez eu fosse ver uma peça do Mazzaropi mais caricata, e não, ela foi no ponto certo. A parte musical é fantástica e achei bacana porque ela tem nuances, começa alegre, tem pontos tristes e volta a ter pontos alegres”. Igor também avaliou que o espetáculo tem uma narrativa que se aproxima com a realidade do “ser artista”. “Nós que somos artistas, nos identificamos com a história do Mazzaropi e da dificuldade de fazer arte no nosso país. Sempre tem aquele preconceito de que artista não ganha dinheiro e o Mazzaropi prova o contrário disso, ele vem de uma origem humilde e fez um sucesso estrondoso”, finaliza.
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