Comida árabe conquista espaço nas ruas ponta-grossenses

Por Gabriela Clair e Bruna Alexandrino

O trailer do Shawarma do Aladim é um ponto conhecido dos universitários e moradores da região próxima ao Campus Central da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Os proprietários Jacob e Sandra estacionam seu reboque há doze anos no mesmo local, na Rua Senador Pinheiro Machado, garantindo a fidelização dos clientes. Jacob é imigrante libanês erradicado em Ponta Grossa há dezenove anos.

Com um creme de alho como base, o shawarma é uma mistura de carne assada em pequenas fatias, salada, molho e batatas fritas enroladas em pão sírio – ou pão folha, como é conhecido. E é até fácil de fazer. Jacob explica como produzir a massa: “Bata no liquidificador os ovos, o sal e o alho. Depois, junte o óleo em fio, bem devagar, com o liquidificador ligado. Dissolva o ácido cítrico na água e junte aos poucos, ainda no liquidificador. Adicione o restante do óleo, sempre devagar. Depois, tem que conservar em geladeira e consumir em até três dias”. O recheio é ainda mais fácil. “A pasta de alho, alface, tomate, pepino, queijo, presunto, carne de frango ou bovina, o que o cliente quiser, mais a batata frita.”

O shawarma mais conhecido da região custa R$10,00 e conquistou clientes fiéis, que, faça chuva ou faça frio, estão do lado de fora do trailer esperando pelos tradicionais pratos da comida árabe. “Temos preços bem baixos porque já somos conhecidos e sabemos como funciona”, explica o chef e dono, Jacob.

O expediente diário é das 18h30 à meia noite, mas nos dias de maior movimento, como finais de semana, o serviço fica disponível até mais tarde, por volta das 02h30. Além do shawarma, são vendidos também o beirute e o mexicano. “O ‘mexicano’ é um prato com pão de baquete, legumes, shoyo, pimenta, carne de boi ou de frango, ou misto também. É um dos mais procurados, depois do shawarma”, conta o proprietário.

A correria do dia a dia geralmente dificulta o relacionamento com os fregueses. A cliente Minami Cecília, gerente trainee, reclama da demora em receber o pedido e do atendimento. “O atendimento poderia ser um pouco melhor, sorrir faz bem para o coração”. O sabor, contudo, parece compensar o tratamento, pois o movimento no trailer é constante.

Apesar da famosa rede de fast food McDonalds a menos de duzentos metros, a freguesia no Aladim revela a tradição da comida de rua. “Estou na UEPG há quatro anos e acostumamos com o Aladim no mesmo lugar”, relata Tangryane Goltz, acadêmica de Direito na UEPG.

SERVIÇO:

Custo médio: R$ 10,00

Tempo médio de espera: 15 a 20 minutos, dependendo do movimento

Funcionamento: das 18h30 à meia noite, de segunda à quinta-feira, e até às 02h30 às sextas e sábados.

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