Por Victor Ribas
Janeiro, para alguns, incluindo eu, é o mês da amnésia. Mesmo sendo um período de pensar sobre o ano que começa, também é um período de esquecer o ano que já passou. Esquecer problemas, provas, universidade e até de algumas relações. Deixar-se levar pela maresia da praia, pelo cheiro do campo ou até pela poluição da cidade, mas sempre longe do que te segura em 2015. Beber uma gelada com os amigos de infância, ler um livro comprado no sebo da XV, queimar a nuca e os ombros tomando sol na piscina de plástico do vizinho, tudo vale como acompanhamento da já dita ‘amnésia’. Claro, parece que os problemas passados e, às vezes, já resolvidos, sempre voltam a te assombrar. Acontece que em janeiro isso se torna mais simples, talvez efeito da ressaca, ou para os que não bebem, efeito da atmosfera festiva que janeiro traz. Pena que acaba, até o marasmo que antes era bom fica entediante, a estranha vontade de estudar, trabalhar, sair do ócio reaparece e aquela amnésia passa a não ter mais sentido.
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