Festival de Contadores de História incentiva público a reviver memórias

Por Renato Valenga

Contadores do Brasil inteiro chegam a Ponta Grossa com a missão de reunir o público da cidade para ouvir histórias. A abertura do evento, que aconteceu nesta segunda (18), no auditório A do Cine Teatro Ópera, contou com a presença de personagens locais, além de profissionais convidados.

O evento começou com a apresentação do cantor e compositor Silvestre Alves, que conta histórias de uma forma cantada. “Através das minhas músicas, eu faço uma mistura da história local com o folclore e o meio-ambiente”, relata o cantor. Segundo ele, as músicas resgatam a beleza cênica do tropeirismo. Confira o site do cantor para conhecer um pouco mais do seu trabalho: http://www.silvestrealves.com.br/

O Festival também homenageou o núcleo de contadores de histórias de Ponta Grossa. A atriz Terezinha Musardo conta que foi chamada a participar do grupo por Alfredo Mourão, curador e coordenador geral do evento. Ela conta histórias desde 2013 e diz que a maior dificuldade foi enfrentar o público de cara limpa, sem figurinos e luzes especiais. “O contador de histórias é diferente do ator porque ele não é egoísta, o maior desejo dele é compartilhar uma nova história e interagir com o público”, observa.

A profissional convidada da noite, Rosana Mont’Alverne, conversou com o público sobre a arte e o ofício dos contadores de histórias. Ela, que é escritora e coordenadora da Academia Mineira do Livro, não deixou de mostrar suas habilidades em entreter o público com bons roteiros e um enredo que prende a atenção até o fim da apresentação.

Rosana, que visita Ponta Grossa pela primeira vez, conta que as histórias são uma maneira de enxergar o mundo com outras lentes. “É uma forma de ver outras possibilidades, apaziguar medos através dos personagens, alimentando o imaginário e incentivando o ouvinte a resgatar a identidade perdida da infância, ou seja, a memória afetiva que é um tesouro nosso”, ressalta a escritora.

Um grupo de intérpretes de Libras traduziu o evento para deficientes auditivos. A professora Larissa Perenha Scremim considera que eles também precisam aproveitar a riqueza do evento. “É uma forma de interpretar a história do jeito deles, transmitindo esses valores contados de uma maneira lúdica, para que eles também possam entender”, diz. Segundo ela, essa é a segunda vez que o grupo participa do festival.

O presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fernando Durante, diz que o público da cidade responde bem ao evento. “A resposta do público é bem positiva, e isso faz com que o festival se projete cada vez mais”. Para ele, Ponta Grossa tem uma tradição em festivais, como o FUC e o FENATA, e ele espera que o Festival de Contadores de História também continue a fazer parte dos eventos culturais da cidade. O presidente comenta também que o tema contempla a pluralidade e o valor cultural do país, com contadores nacionais e internacionais.

Antes da abertura do evento aconteceram outras atividades durante o dia, como oficinas, falas interativas e roda de histórias. O evento segue com atividades até o dia 20 e conta com vinte contadores nacionais de diferentes estados brasileiros, além de convidados da Nigéria e do Peru.

Para conferir a programação completa do III Festival Nacional de Contadores de Histórias, acesse: http://www.youblisher.com/p/1386121-Guia-de-Programacao-III-Festival-Nacional-de-Contadores-de-Historias/

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