A paixão pelo teatro está nos olhos, na fala, e em cada detalhe da decoração feita por Heloísa Pereira, atriz e idealizadora do CECI – Centro de Estudos Cênicos Integrados. A escola de teatro está em Ponta Grossa desde 2013, e hoje possui mais de 70 alunos, com idades entre cinco e oitenta e dois anos de idade.
Heloísa, que antes de se encontrar no teatro ocupava o cargo de bancária, trocou a burocracia dos bancos pela magia e agitação dos palcos. “Acho que o objetivo do teatro é tentar transformar a sociedade pro bem, fazer com que a arte sensibilize”, destaca ela.
A ideia da escola surgiu após a atriz participar de alguns trabalhos ligados ao teatro na cidade, como o Festival Nacional de Teatro (Fenata), a Associação de Proteção à Menina (APAM) e a União dos Deficientes Visuais (Unidevi). “Eu mesma tinha necessidade de aprender mais, e eu percebi que aqui não tinha um local para se especializar em teatro aí pensei: ‘por que não criar essa possibilidade?’”
A vontade de Heloísa era tanta que ela usou sua antiga casa como sede do Ceci. Hoje, o espaço é mais agitado, com crianças e adolescentes dançando entre um lugar e outro, fantasias espalhadas pelos cômodos e cada detalhe do espaço lembrando o real motivo de estar ali: a paixão pelo teatro.
Com cursos de interpretação teatral, encenação musical e ainda um encontro cultural cênico, o Ceci reúne uma diversidade de gostos e escolhas. Heloísa faz questão de explicar a importância do tratamento do aluno no seu aprendizado. “O aluno tem que saber que ele é importante, para depois ver o grupo como importante. Precisamos trabalhar o tempo de cada um.”
A metodologia da escola se dá através de uma base pedagógica, que é acompanhada, além de pedagogos, por psicólogos e fonoaudiólogos. É fundamental para o grupo a inserção das crianças e adolescentes à ética e ao respeito, ao mesmo tempo em que zela pelo companheirismo e diversão, explica Heloísa.
O Ceci, entre apresentações em festivais da cidade e atividades promovidas dentro do próprio espaço da escola, faz questão de dedicar tempo a serviços sociais, voltados principalmente à crianças carentes e idosos.
Reportagem de Marina Scheifer e Nathália Oliveira
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