Com muito chimarrão, vestimentas da tradição e marcas da cultura gaúcha, prendas e peões do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Rancho Alegrete participaram da IV Feira Cultura Plural, que aconteceu no último dia 16, na Estação Saudade.
Segundo a primeira prenda do Paraná, Aline Jasper, 23 anos, o grupo surgiu em 2004 com a invernada campeira com o laço e atividades com cavalo. Depois surgiu a invernada artística, com dança, canção e declamação. “Temos um grupo de dança que roda o Paraná inteiro levando a cultura gaúcha, a cultura paranaense nos rodeios. Também temos a invernada cultural que é o prendado, as prendas e peões do CTG que fazem esse tipo de projeto para divulgar o tradicionalismo e a cultura gaúcha”, complementa.
Aline relata que seu interesse pela cultura gaúcha se originou pela família, que é gaúcha e sempre levou a tradição. “Não me imagino longe disso, quando entra no sangre não sai mais”.
A prenda conta que as pessoas confundem a tradição originária do Rio Grande do Sul com a tradição gaúcha paranaense. “Levamos a tradição gaúcha paranaense, que é uma tradição gaúcha, mas que também é do Paraná, que tem tudo a ver com o tropeirismo, com Ponta Grossa”, observa Aline.
Além do chimarrão, a farofa de pinhão também é um prato apreciado pelos gaúchos, e pode ser considerada comida típica do tropeirismo. A receita é com pinhão, bacon e farofa, itens muito simples que os tropeiros levavam na bagagem.
Gregori Luis Cordeiro, 25 anos, também integrante do CTG, é peão deriva do CTG Rancho Alegrete e através desse cargo tem o objetivo de sempre divulgar a tradição. Gregori nasceu no Rio Grande do Sul, cidade de Vacaria, e conta que desde que veio morar em Ponta Grossa estava procurando uma oportunidade de participar de um CTG. “Tem vários grupos, mas não são todos que seguem o tradicionalismo, a questão de humildade, o propósito de divulgar a tradição de maneira correta, buscar conhecimento sobre isso”, relata Gregori.
Ele destaca a importância do trabalho realizado pelo CTG na divulgação da cultura gaúcha: “procuro passar isso para as outras pessoas, para nunca deixar morrer a tradição”. Além da sua participação no grupo, Gregori faz desenhos com paisagens e relata que elas retratam suas raízes e sua relação com o campo.
Reportagem de Mariele Alexandra Zanin
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