Tá Bolorando, e agora?

Com 14 anos de estrada, muita cerveja e punk rock, a Banda Bolores lança seu 1º disco: “É uma bosta, mas é de coração”. De produção independente, o disco tem 15 faixas que tratam sobre alguns temas como drogas, bebidas, violência policial, política, corrupção, relacionamento familiar e amoroso.

O CD foi gravado durante dois anos. Antes da produção, a banda contava com apenas duas demos no currículo (“Foda-se tudo”, de 2005, e “Essa vida é uma bosta”, 2006). O grupo é formado por Cristiano Kachak (vocal), Randal Logan (guitarra), Rafael Ronchi (baixo) e André Cristiano (bateria). O show de divulgação foi no Bar do Régis, dia 15 de março. E a primeira apresentação da turnê aconteceu no dia 11 de abril, no Bar Roots.

“A gente demorou mais pra fazer a capa do que pra gravar”, diz André. A ilustração traz um cachorro defecando corações, que foi desenhada por Everton Punk e colorida por James “Sádico” Robson. Mas tudo teve início com a ideia de André, sobre o cachorro, e com Rafael, que pensou nos corações. Já o título para o CD surgiu espontaneamente num dos ensaios.

O grupo define como fraca a cena musical da cidade. “Eu acho que falta um pouco mais de interação entre as bandas, porque a cena não se faz sozinha, quem tem que fazer a cena são as bandas”, observa Randal. Bolores não toca em bares do centro da cidade porque acredita que as letras, que são compostas por todos os integrantes, não condizem com o público.

Com um toque diferente das demais bandas, a Bolores mescla a crítica com o cômico, e as letras com arrotos e gritos. Chamam a atenção do público as opiniões expressas nas músicas. Para quem já recebeu ameaça de desclassificação de concurso – minutos antes de entrar no palco, caso tocasse a música “Quando eu crescer quero ser maconheiro” – a banda diz não levar em consideração o que o público irá achar das composições. “Não adianta você fazer uma música pra tocar para o público se você não está curtindo”, diz André.

Depois de junho, a banda pretende fazer pelo menos quatro shows por mês, incluindo os estados de São Paulo e Santa Catarina como palco, além das cidades do Paraná. E, para 2016, pretende ter mais um CD gravado.

Reportagem de Marina Semensati

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