A típica Festa Julina da Sociedade Afro-Brasileira Cacique Pena Branca (SABCPB) aconteceu no último sábado (11), em Ponta Grossa. O evento iniciou às 15h e trouxe elementos tradicionais da festa junto aos pratos da cultura afro-brasileira. O local estava decorado e uma fogueira foi acesa para toda comunidade.
A festa temática acontece há 12 anos e faz parte das 12 festas realizadas pela Sociedade por ano. “Nesse ano inovamos um pouco. Fizemos o acarajé e a tapioca, que não são juninas, mas fazem parte da nossa religião. E uma torta de coco, a Torta dos Deuses, também feita no candomblé”, conta uma das organizadoras e presidente da entidade, Tânia Mara Batista. O restaurante da Sociedade Cacique Pena Branca foi escolhido para a confraternização e estava decorado com bandeirinhas. “O processo de organização é mais por parte dos ‘filhos’ da casa. Não tivemos patrocínio vindo de fora“, explica.
A visitante Maria Daltiva diz que ficou sabendo da festa pela rádio e se interessou pelas atrações. “Quando escutei que teria caieira (fogueira), fiquei animada. É uma coisa gostosa”, ressalta. Maria também destaca a importância e a força da espiritualidade promovida no local.
A grande atração foi os pratos típicos. O acarajé, bolinho feito de feijão fradinho, estavam sendo vendidos por R$ 4. “O acarajé é uma comida africana que vem servir aos orixás: Iansã, que seria Santa Bárbara na tradição católica”, explica Tânia. O prato é servido também às sextas-feiras em um buffet de comida baiana, que começa sempre às 19h.
A Sociedade Afro-Brasileira Cacique Pena Branca é uma associação sem fins lucrativos e existe há 28 anos em Ponta Grossa. “Temos em torno de 320 filhos da casa e mais ou menos três mil frequentadores que participam dos trabalhos”, revela Tânia. Além das práticas religiosas e culinárias, o grupo também realiza clubes de mães, espaço de informática, biblioteca comunitária para crianças da comunidade e encontros de mulheres que fazem bordados para empresas.
A sede da Sociedade Cacique Pena Branca fica na Rua Adolpho Lamenha de Siqueira Filho, nº 100 – Jd. Sta. Luiza. Contato: (42) 3243-3916.
Reportagem de André da Luz e Gabriela Merotto
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