por João Francisco Rangel de Abreu Junior
O palco do FUC é muito diferente dos lugares que estou acostumado a me apresentar. Sempre dá aquele frio na barriga, pois é a sua música, a sua interpretação, feita somente uma vez. Nos bares você executa 40, 50 músicas, muitas vezes covers, porém quando se trata de uma composição sua, a história é bem diferente.
No festival as pessoas se dirigem ao teatro esperando ouvir obras novas, sons que toquem a alma e o coração. Isto também serve para cada cantor, compositor perante o festival. É um momento onde as idéias e sentimentos que habitavam no pensamento são compartilhados com o público e com os tão temidos jurados do festival. Fato que assombra e deixa muito cantor ansioso e nervoso diante da apresentação e dos julgamentos.
Independente de resultado, de campeão, quem acaba vencendo o festival, é a própria música em si, pois é renovada, divulgada, registrada na memória dos participantes em geral do FUC e no próprio festival. Pois a importância de difundir novas composições num evento com renome nacional, extrapola a cadeia formada pela indústria cultural, que limita ao modismo e ao que melhor lhe engorda.
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