por Mariana Okita
Trabalhar com o corpo para emitir sons. Esse foi o objetivo da prática artística “Percussão Corporal”, realizada no Conservatório Artístico Musical Maestro Paulino Martins Alves. O evento ocorreu quarta-feira, dia 11, e foi coordenado pela professora de música Carla Roggenkamp durante os períodos da tarde e noite. Pessoas de diversas idades e de ambos os sexos participaram dos exercícios de aquecimento e relaxamento.
Carla explica que a percussão é o som originado de uma simples batida curta, que envolve a sintonia entre voz e corpo. A partir disso, uma sequência musical é produzida pelos movimentos percussivos. Para exercitar a coordenação rítmica dos participantes, a professora exigiu palmas, piparotes, batida dos pés e sons labiais em cada movimento. A atividade foi conduzida ao som de músicas folclóricas brasileiras. “Estas (músicas) são mais fáceis e dinâmicas de trabalhar, mas o uso do corpo pode ser aplicado em qualquer gênero musical”, conta.
Há 20 anos no ramo, Carla acredita que o movimento corporal é um dos melhores métodos para despertar o interesse na música. “O corpo é o primeiro instrumento musical do ser humano, é natural e de uso comum.” Outro fator que motiva a professora é a acessibilidade dessas práticas, pois elas contemplam pessoas com deficiências físicas ou sensoriais. “Mesmo um surdo-mudo é capaz de sentir a vibração da batida e juntar informações para definir o som”, afirma.
Durante a oficina ocorreram quatro momentos de trabalhos com música. O primeiro foi musicado pela cantiga popular “Balaio”, na qual o uso de estalos e “tambor peitoral” fizeram parte de um contratempo inserido na melodia e na letra. O segundo momento contou com movimentos de palmas agudas e graves sobre a música de Dorival Caymmi, “Minha Jangada”. No terceiro momento, batidas de pés e pernas ao som de um clássico folclórico “Boi-Bumbá” movimentaram a oficina. Por fim, além das batidas corporais, foram acrescentados sons labiais no ritmo da música “Mulher Rendeira”.
A oficina contou com 27 pessoas. Além dos próprios alunos do conservatório e a participação do público em geral, professoras do curso de capacitação na rede municipal marcaram presença para usar o método de percussão em sala de aula.
Depois de ver o interesse do público, Carla faz planos sobre a continuação do projeto e pensa em coordenar mais oficinas de percussão corporal durante “O Festival Inverno de Música”, entre 7 e 21 de julho.
Acompanhe também as práticas musicais que o Conservatório Maestro Paulino oferece todas as quartas-feiras, às 20h. A entrada é franca.
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