por Eduardo Godoy
O Festival Literário Internacional dos Campos Gerais – Flicampos está abrindo espaço também para músicos locais se apresentarem. Na terceira noite do evento (hoje, dia 03), foi a vez do grupo Caipira Viola, composto por uma família ‘pra lá de boa’. Causos e música caipira embalaram a visita de quem passava pela Praça dos Livreiros.
O quarteto é composto pelo pai Clemente (viola caipira), pela mãe Sirlei (percussão), pelo filho Gustavo (violão) e pela filha Mariana (viola caipira). Clemente conta que a vontade de aprender a tocar um instrumento surgiu quase ao mesmo tempo em toda a família, incentivada por ele. “Há uns quatro ou cinco anos comecei aprender a tocar viola e aí o Gustavo também quis tocar, assim como a Mariana. A Sirlei, pra não ficar pra trás, começou a aprender percussão”, narra.
Hoje, eles se apresentam de forma voluntária em empresas, escolas, presídio e, uma vez por mês, no Hospital Vicentino. Além das modas de viola, o show traz ainda causos contados por Clemente. “Os causos são sempre voltados para o folclore brasileiro, como histórias de onça, Lobisomem, Saci Pererê, Mula-sem-cabeça, do boto e da gralha azul”, explica.
A música literalmente corre nas veias dos quatro integrantes. “É uma oportunidade a mais pra gente estar junto com a família”, diz Gustavo sobre como é tocar ao lado do pai, da mãe e da irmã. E essa realmente é uma família diferente, unida pela música. “Minha amigas sabem que eu toco, mas não conheço nenhuma que toca viola”, fala Mariana.
O evento foi o local certo para mostrarem o trabalho. Mariana conta que gosta bastante de tocar e de ler. Entre as canções preferidas estão Chalana e Moreninha Linda. “Acho o Flicampos um espaço ótimo para os artistas apresentarem os talentos e dons, além de dar oportunidade para um público maior conhecê-los. Está excelente tudo isso”, comenta Sirlei.
Nesta sexta-feira, dia 04, quem passar pela Praça dos Livreiros poderá assistir ao pocket show de Eugênio Flávio Kritski, a partir das 20h, que vai tocar músicas de seu CD ‘Brasil de todas as crenças’.
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