Começa hoje (28) a 31ª edição do Festival Universitário da Canção, organizado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. O festival, que recebe 30 músicos de todo o país, acontece durante os dias 28, 29 e 30 de junho e possui algumas diferenças com relação à edição anterior.
A maior mudança, para o público, é o local onde acontecem as apresentações. O evento sai do tradicional palco do Teatro Ópera e será realizado no Cine-Teatro Pax, da UEPG. A universidade solicitou o uso do teatro localizado na rua XV de Novembro, mas o pedido foi negado. A razão para isso é a queima de equipamentos que ocorreu durante uma das peças do Festival Nacional de Teatro Amador em 2017.
Segundo o decreto de utilização do Teatro, o produtor do evento deve arcar com os custos para reparo de equipamentos que forem danificados. Caso o organizador não pague pelos danos, pode ficar até 5 anos impossibilitado de usar o espaço. De acordo o Diretor do Departamento de Cultura Eduardo Godoy, “a universidade apontou a ‘precariedade’ do teatro para não realizar os consertos”. Godoy conta, ainda, que o valor aproximado para os reparos é de 23 mil reais.
“Infelizmente no último FENATA a gente teve um problema elétrico, houve uma tempestade, teve raio, e teve uma uma queima de equipamentos”, explica o diretor cultural da UEPG Wilton Paz contando também que havia goteira no palco onde estavam alguns equipamentos. Além dos equipamentos do Cine-Teatro Ópera, outros que pertenciam ao PAX ou ao auditório da reitoria também foram queimados.
O diretor cultural da UEPG contextualiza que a universidade havia feito uma parceria com a Fundação Municipal de Cultural de Ponta Grossa para a realização do FUC e do FENATA do ano passado. O FUC como programação do Festival de Música resultou dessa parceria. O acordo entre as instituições era de que os custos com passagem, hospedagem e alimentação das bandas do Festival de Música estariam sob responsabilidade da UEPG e em contrapartida a prefeitura custearia a locação de equipamentos e a gravação do FUC.
Para o FENATA a prefeitura ficaria encarregada de arcar com os custos de alimentação e hospedagem dos grupos de teatro participantes da Mostra Especial. Contudo, no final do ano a prefeitura afirmou não ter verba de licitação para esses fins. A UEPG teve um furo de quase 90 mil reais. “A gente pagou os grupos, mas ficamos com vários débitos pendentes que a gente está acertando até agora”, comenta o diretor cultural da UEPG.
Apesar dos dois teatros possuírem capacidade parecida de espectadores, o Cine-Teatro Pax fica localizado no bairro de oficinas, o que pode dificultar o acesso e diminuir o público do Festival, já que o Ópera fica no centro da cidade. “Ali no Ópera fica mais próximo dos bares para depois do festival os músicos se encontrarem e trocarem ideia, além do charme da rua XV”, comenta o músico que participou 3 vezes do festival Guilherme Santos.
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