Por Ana Moraes, Evelyn Paes e Matheus Gastaldon
Na noite de quarta-feira (20), o grupo Samba do Trilho realizou seu primeiro encontro de 2019. As apresentações aconteceram na Biblioteca Pública Municipal Prof. Bruno Enei e contaram com a participação de músicos ponta-grossenses e de outras cidades. Esta foi uma edição especial, em parceria com o projeto Poesia de Ponta.
Com mais de três anos de história, criado por Ben-Hur Demeneck e Fabrício Cunha, o Samba do Trilho é inspirado no projeto Samba do Compositor Paranaense e também no Samba da Vela, da comunidade de Santo Amaro em São Paulo. Ele recebe esse nome como uma forma de homenagem aos ferroviários, que tiveram um importante papel na formaçãocultural da cidade.
Um dos diferenciais do Samba consiste na duração de suas apresentações, que é determinada por uma vela. Enquanto a chama estiver acesa os músicos apresentam suas composições, quando ela se apaga, a cantoria se encerra. Outro diferencial do projeto está em dar oportunidade ao público de interagir com os músicos. “Acredito que essa combinação de fazer os compositores serem ouvidos e de o público ter um momento de interação e de aproximação dos artistas faz com que o projeto seja prolongado”, destaca Demeneck.
Apesar de ter samba no nome, o projeto não está limitado apenas a esse estilo musical. Exemplo disso foi a participação do músico João Luiz Vieira, de Curitiba. Ele, em parceria com João Triska, também músico, fez uma mistura do samba com o rap, gênero musical que o acompanha há 20 anos. “Foi legal ter participado porque tanto o samba quanto rap vieram da periferia, vieram do mesmo lugar, então as origens se combinam’’, explica João Luiz.
Estavam presentes na plateia pessoas que ainda não conheciam o projeto e tiveram a oportunidade de assistir àapresentação pela primeira vez, como foi o caso de Douglas Mercer, que gostou da experiência: “como tem toda a interação com o público, achei legal, pois você se sente ali, junto com eles. Não é apenas um show, mas um projeto comunitário”.
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