Mulheres que TransBordam se reúnem pela primeira vez em Ponta Grossa

O evento Mulheres que TransBordam reuniu mulheres no Parque Monteiro Lobato neste sábado (30), às 14 horas, para bordar e compartilhar histórias ao ar livre.

            O primeiro encontro foi marcado na internet, em um grupo feito para mulheres que sabiam bordar e tinham interesse em se reunir para resgatar essa forma de arte, como explica Tatyla Marques Barreto, organizadora do evento e criadora do grupo. “A ideia do grupo surgiu em uma oficina de bordado em pingente que eu fiz. Criamos o grupo e treze pessoas participam para conversar, formar vínculos mesmo”, conta Tatyla.

            Em Ponta Grossa, a retomada da tradição do bordado ainda é uma novidade, como explica a organizadora. “Em São Paulo e em Curitiba tem uma visibilidade maior, então as pessoas olham e falam que nunca viram os pingentes”. Tatyla e algumas participantes aprenderam os primeiros pontos com familiares, em sua maioria avós. Retomar a tradição é uma forma de dar visibilidade à trajetória do bordado.

            “Há toda uma história por trás do bordado, como o grupo de mulheres na ditadura do Chile que se reunia para bordar os desaparecidos e as mulheres que ensinavam através do bordado a ler e a escrever”, relata Tatyla.

            Maria Cecilia Araujo de Campos Silva, 60 anos, aposentada e participante do grupo, aprendeu os primeiros pontos com a avó. Ela ressalta a importância da troca de experiência no encontro. “É importante para as mulheres ter essa convivência com outras mulheres”, observa.

            Além de compartilhar experiências de vida, as mulheres realizam uma forma de arte terapia, comenta Tatyla. “É terapêutico. Você sai de uma tela em branco e transforma em algo bonito. Por trás de todo bordado tem uma história e uma expressão própria”.

            Angela Salim, comerciante e participante do projeto Coral em Cores e do grupo Mulheres que TransBordam, se encantou pela ideia. A corista estava passando por um momento difícil quando foi convidada ao grupo. “Pensei que seria bom bordar e conversar com mulheres que talvez tivessem passado pelo que eu passei”, relata, ao destacar o apoio que poderia receber para enfrentar seus problemas.

            O grupo planeja novos encontros para juntar as amantes de bordado de diversas gerações. Interessadas em participar podem entrar em contato na página do facebook ou no instagram do grupo Avesso de Nós.

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