Nesta sexta-feira, 19, a Sinagoga Anussim Brasil, localizada no bairro de Uvaranas, realizou o Pessach, que muitos chamam de “Páscoa Judaica”, com significado diferente da Páscoa Cristã.
Para os judeus, a Pessach comemora a libertação do seu povo da escravidão no Egito, simbolizando uma “passagem”. A comemoração dura oito dias e iniciou neste ano no dia 19, seguindo até o dia 27 de abril. Nesse período os judeus não consomem alimentos fermentados e fervem os pratos em que comem para tirar todo vestígio destes alimentos.
Na primeira noite de Pessach as famílias se reúnem para realizar o Seder, a celebração de aniversário do êxodo, e relatar a história na Hagadá. O evento é conduzido pelo Razan, conhecido como Shimon.
Momento marcante da cerimônia foi a segunda lavagem das mãos, em que os adultos auxiliam as crianças a recitar a bênção, enquanto despejam água três vezes sobre cada mão. Também o momento de referência às dez pragas do Egito, em que cada pessoa molha o dedo na taça de vinho e derruba uma gota sobre o prato simbolizando cada praga, marcou a celebração.
O professor de leitura, Shemuel Been Zakai, explica que a sociedade é composta por descendentes de Anussim que é o termo para expressar “forçados”, assim como eram os judeus convertidos ao cristianismo em Portugal.
Esses judeus imigraram para o Brasil em busca de novas oportunidades. Conhecidos também como “cristãos novos”, adotavam nomes de cristãos, mas ainda praticavam, ocultamente, suas práticas judaicas.
A Sinagoga Anussim Brasil foi fundada em 2015 na cidade de Ponta Grossa, mas a sociedade é presente desde 1989.
Religião é cultura, se é cultura é plural.
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