No dia 21 de maio, o historiador e deputado federal Chico Alencar (PSOL/RJ) se apresentou no anfiteatro do Colégio Sepam, em Ponta Grossa. A palestra “Reformas neoliberais e o futuro da democracia no Brasil” foi a atividade final da Semana de Integração e Resistência, organizada pelo Centro Acadêmico João do Rio (Cajor), do curso de Jornalismo da UEPG.
Muito do que foi debatido pelo palestrante tem referência à instabilidade política que ocorre no Brasil. O Cultura Plural, enquanto plataforma voltada ao jornalismo cultural, perguntou ao deputado a atuação da cultura e seus agentes na transformação desse cenário de incerteza.
Em resposta ele diz:
“Nenhuma das maiores mudanças da história da humanidade ocorreu sem profundos movimentos culturais […] Eu diria que o Renascimento é mais importante que as revoluções burguesas, fazendo uma comparação histórica. A Revolução de 1930, comandada pela burguesia que queria mais poder político, foi precedida pelos movimentos artísticos que surgiram nesse Brasil moderno que surgiu no período, como a Semana da Arte Moderna. Todo mundo é criador de cultura, que não se resume a espetáculos, mas tudo aquilo o que a inteligência humana produz em contato com o meio”
Chico Alencar ainda afirma: “O jornalismo deve se reportar também as múltiplas expressões culturais vivas na sociedade, mesmo que muitas vezes sejam abafadas e desprestigiadas, olhando horizontalmente para essas produções”. “Paulo Freire ensinava que as pessoas se conscientizam e se educam em comunhão, e isso está relacionado ao ‘ar da cultura’ que respiramos”, conclui Alencar.
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