Não queremos flores, queremos reconhecimento de nossos direitos

Março é considerado mundialmente o mês da mulher em razão do significado do dia 8 de março, data não apenas de homenagem, mas de muita luta em prol dos direitos das mulheres, dignidade, igualdade e respeito. A data, que foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, tem ligação com o ocorrido em Nova York, no dia 25 de março de 1911, onde cerca de 125 mulheres morreram queimadas em consequência das más condições de trabalho da Revolução Industrial, ainda piores para as mulheres do que para os homens.

Mesmo com tantos avanços na luta feminista, como a conquista do direito ao voto pelas mulheres brasileiras, regulamentado em 1934 no governo Vargas, a data deve ser lembrada como dia de luta das mulheres, visto que muitos dos direitos almejados não foram conquistados. Nenhuma dessas conquistas seria alcançada sem muita luta.

As reivindicações persistem até hoje, visto que somente no ano de 2019, no Brasil, foram registrados 3739 casos de feminicídio, apenas no Paraná foram cerca de 113 casos. Os salários entre homens e mulheres ainda são desiguais, mesmo que ambos exerçam a mesma posição, sendo na maioria das vezes a mulher mais qualificada, mas tendo o dobro de dificuldade de ascender de cargo. Em pesquisa, o site de empregos Ctho mostrou que mulheres ganham menos que os homens em todos os cargos e áreas, o que mostra que essa é uma luta constante!

Por tudo isso, não queremos apenas flores! Queremos o reconhecimento de que nosso não significa não, de que lugar de mulher é onde ela quiser, na ciência, na política, no futebol… que a mulher tem direito sobre o seu corpo e a tudo relacionado a ele, pois como disse uma vez Simone de Beauvoir: “Que nada nos limite. Que nada nos defina. Que nada nos sujeite. Que a liberdade seja a nossa própria substância”.

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