O 1º Festival Nacional de Contadores de História no Ciberespaço aconteceu entre 15 a 20 de março em homenagem ao Dia Nacional dos Contadores de História. Promovido pela Programa de Ação Cultural (ProAC) do estado de São Paulo, o evento contou com transmissão no YouTube com acessibilidade e libras, e oficinas com vagas limitadas. Representando a região Sul, duas contadoras de história de Ponta Grossa foram convidadas: Lucélia Clarindo e Liz Ângela de Almeida. Ambas ministraram oficinas e participaram no primeiro dia de apresentações.
Liz Ângela utilizou fitas, objetos, fantoches e cantou em sua apresentação chamada Histórias de Aya. Ao falar das histórias que contou no festival, as descreveu como ancestrais. “Elas trazem a ancestralidade afro e a representatividade negra, onde as personagens femininas são protagonistas mostrando força coragem e determinação”. A apresentação de Liz Ângela de Almeida durou aproximadamente 40 minutos, trazendo várias histórias de origem africanas.
O curso que a contadora de histórias ministrou, “Oficina de Contos Afro”, teve grande número de inscritos. Todas as oficinas ministradas no Festival tiveram as vagas preenchidas rapidamente. Liz comemorou a repercussão: “Foi um sucesso, muito elogiadas, salas virtuais lotadas, um grande momento de trocas e aprendizados.” Ela afirmou que se sentiu honrada pelo convite em participar representando a região Sul. “Isso me traz reconhecimento pelo trabalho desenvolvido durante tantos anos na Contação de Histórias”.
Lucélia Clarindo se apresentou no dia 15 de março com a história da Mala e da Cachola, com a participação do estudante João Carvalho, acadêmico de Música na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ela diz que as canções que ele compôs a acompanham há tempos. Com uma mala, Lucélia conta uma história recheada de música sobre um viajante. “Minha intuição me disse para contar uma história ouvida. Então busquei no projeto que desenvolvo há anos. Histórias da Mala e da Cachola, a história do Couro do Pandeiro. Que contempla artistas do povo, talentos, cumplicidade e fantasia de um pai com sua filha em seu universo lúdico bem como a importância do brincar”, comenta a contadora de histórias.
Lucélia, que participou do 1° Festival Nacional de Contadores de História em 2014, afirma que aquele evento foi o precursor de todos os outros. Agora, ela é sempre convidada e Ponta Grossa foi incluída no mapa dos contadores de histórias do Brasil. “Então quero te dizer da importância destes festivais tanto na forma presencial como foram os quatro aqui em Ponta Grossa e em diversos lugares. E dos Cibers, que além de perpetuar a cultura, gera renda, mobiliza, valoriza os artistas e contempla as demais linguagens da arte”, analisa.
Você pode acompanhar todos os vídeos de todos os participantes da semana no canal do YouTube do 1º Festival Nacional de Contadores de Histórias do Ciberespaço.
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