Barbante, madeira, tecido, botões, grunhidos, sombra, arte e criatividade, essas são as bases do espetáculo “E se…” do Grupo Teatral TATO Criações Cênicas, apresentado no Cine Teatro Ópera. A peça esta em cartaz desde 2008 pelas mãos de Katiane Negrão e Dico Ferreira, que conceberam a peça “E se…” e sua antecessora, “Tropeço” (2004), que segue a mesma linha de interpretação.
Logo de cara, quem compareceu às 15h no Teatro nesta quinta-feira (29/03) notou para quem foi destinada a apresentação: às crianças. Elas lotam todo o hall de entrada. E como é de se esperar, estão ansiosas pela peça teatral que iriam assistir. Após um atraso de aproximadamente 10 minutos as portas do auditório B são abertas. A peça ¨E se…¨da Companhia de Curitiba começa sua encenação.
Esta foi a terceira peça apresentada da semana e compõe a III semana de Teatro e Circo organizada pelo SESC Ponta Grossa. Nela estavam presentes cerca de 120 crianças, que compareceram junto com seus professores.
A peça é desenvolvida com as fantoches nas mãos dos artistas, que intencionalmente quase não apareceram na negritude do cenário ao fundo. Nesse espetáculo é usado a técnica francesa do “grameloot”, que são ‘grunhidos’, ou palavras esboçadas, que não são nítidas, porem são compreendidas. Assim como, as referências musicais ao grupo de samba paulistano “Demônios da Garoa” e de clássicos do Jazz e Blues norte americano, deixam no ar um tom mais adulto,.
Segundo a educadora, Vanessa Turcatto, o espetáculo é criativo e ensina que as pequenas escolhas podem sim fazer grande diferença. Para as crianças, a história da peça não foi toda compreendida, mas as risadas evidenciaram que alguns atos e fantoches os interessaram. ¨Gostei da Mimó [vaca] e só entendi que eles ajudaram um menino de rua. Mas o teatro foi legal¨diz Maria Fernanda Ferreira, 9 anos.
Reportagem por Giovana Kai e Giovana Paganini e Karina Chichanoski
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