Cadillac Dinossauros realiza última apresentação em PG

A última apresentação da banda ponta-grossense Cadillac Dinossauros ocorreu no dia 22 de maio, na Baiacu-Bö. O evento ainda contou com a participação de outras três bandas: a Yeti Tropical, a Fios de Baiano e a Hoovaranas. O público era diverso, com fãs de todas as idades, e o encerramento das atividades da banda foi marcado por muito carinho, com a casa inteira cantando as letras das músicas apresentadas. No ar, pairava a vontade de fazer o show continuar e a plateia clamava por mais músicas sempre que a Cadillac parava de tocar. 

A Cadillac Dinossauros começou em 2006. A formação inicial contava com Hugo Alex no baixo, David Barros no vocal e guitarra, Bruno Machado na bateria e André Mackmilan na guitarra. Os integrantes se encontraram em meio ao cenário cultural agitado da Vila Santa Paula, em Ponta Grossa, e juntos lançaram o primeiro disco, “Cadillac Dinossauros”, em 2008. Com a saída de Bruno Machado, quem assumiu o posto da bateria foi Ricardo Silva, com quem a banda lançou seu segundo álbum, “Ser Absurdo”, em 2010. 

Em 2012, Billy Joy assumiu a bateria. Há dez anos, a banda conta com a mesma formação. Desde então, três álbuns foram lançados: “Fome”, em 2014, “PretoBranco”, em 2017 e “Disco Riscado”, em 2019. Além disso, a banda também lançou um EP intitulado “Mundo Bizarro”, em 2016. Os músicos falam com orgulho dos outros feitos da banda, como oito videoclipes, cinco prêmios nacionais, turnês que rodaram o Brasil inteiro e apresentações em grandes festivais nacionais, como o Festival Psicodália, no qual tocaram nove vezes.

As bandas que tocaram na mesma noite que a Cadillac demonstraram carinho pelo grupo, citando-o como uma influência e um símbolo da música na cidade. Henrique Russo, guitarrista da Yeti Tropical, explica a emoção de compartilhar o palco com a Cadillac Dinossauros. “Ficamos tristes por ser a última vez que veríamos essa banda que esteve presente em nossas vidas por tanto tempo. A Cadillac nos influenciou como músicos durante anos e definitivamente nos influenciou como banda também”, afirma. 

Para Billy Joy, o baterista da Cadillac Dinossauros, a sensação de tocar pela última vez em Ponta Grossa foi difícil. “Foi uma mistura muito difícil de lidar: tristeza pelo fim das atividades por um lado, mas reconfortante por receber tanto carinho da galera nesse momento”, explica. Ele ainda afirma que a banda não imaginava ter que realizar um show de despedida, mas que outros caminhos foram apresentados para os integrantes. “Já encaramos muita coisa nesses 16 anos de banda, e sempre saímos mais fortes. Não será diferente desta vez. Enfim, é um grande legado que fica. Fomos uma banda que nunca se vendeu, que sempre pensou fora da caixa, e com isso conseguimos verdadeiros milagres no mercado da música brasileira em pleno século 21.”

 

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