“Foi um sucesso!”, essas foram as palavras da secretária de cultura Elizabeth Schmidt sobre a 1ªFliCampos (Festival Literário dos Campos Gerais), em coletiva de imprensa realizada terça (08) no Cine Ópera. O evento teve como objetivo fornecer à imprensa e à comunidade em geral os resultados, avaliações e dados numéricos referentes ao festival, que ocorreu entre os dias 1 e 6 de maio.
Segundo a Secretaria de Cultura e Turismo, o investimento total atingiu R$ 295.000,00, dos quais R$ 200.000,00 partiram de verbas públicas e R$ 95.000,00 dos patrocinadores. Foram vendidos 52 mil livros, o que equivale a 1 milhão de reais. Estima-se que aproximadamente 60 mil pessoas frequentaram o evento durante os seis dias do festival.
A feira de livros contou com 30 estandes, 8 editoras e 6 livrarias. Ainda assim, muitas empresas ficaram de fora do evento pela restrição de espaço. “Já temos uma lista de espera para a próxima feira”, afirma Vanessa Vergani, diretora do Patrimônio cultural. O setor de livros infantis foi o que teve maiores vendas. Isso reflete a participação de escolas e centros de educação infantil da cidade, aos quais foi destinada uma verba para a compra de livros. Os estandes repassaram 1.267 títulos à Secretaria, que totalizam um valor de R$ 26.650,00 reais. Eles incorporam o acervo da nova Biblioteca Pública Municipal (BPM).
Secretaria de Cultura reconhece que alguns aspectos deixaram a desejar
Para a organização do Festival, o principal ponto negativo foi a transferência do local para o Parque Ambiental, o que originou muitos transtornos, como a falta de espaço. “Tivemos que nos adaptar ao espaço que tínhamos, pois a demanda era grande”, explica Ricardo Queiroz, diretor do departamento de produção de eventos. Segundo ele, a ‘Hora do conto’ sofreu o maior prejuízo, devido à restrição do ambiente e aos ruídos externos.
Foram disponibilizados 3 canais de internet fechada e 200 megabytes de conexão, mas nenhuma rede aberta, o que facilitaria o trabalho da imprensa. Segundo a organização do evento, inicialmente a ideia era aproveitar os computadores da nova biblioteca municipal, mas com a mudança para o Parque Ambiental isso tornou-se inviável. Outra justificativa foi dificuldade no controle de usuários simultâneos, já que o uso em excesso congestionaria a rede.
Também foram destacados alguns dos benefícios à cultura local: O turismo rural vendeu R$ 800,00 em produtos e artesãos da região ganharam visibilidade. Na área dos quadrinhos, foram vendidas 160 revistas de autores locais e mais de 40 pessoas participaram das oficinas de desenho. Outro benefício cultural foi a integração entre associações inclusivas e a comunidade. Para o diretor de Ação Cultural Cirilo Barbisan o evento contribuiu para uma visão positiva dos visitantes em relação à cidade. “Os escritores tiveram uma experiência muito bacana de interação com o público” afirma.
Reportagem de: Antonio Correia
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