A literatura como linguagem de amor na vida de Rodolfo Martins Kravutschke

Por Helena Denck com entrevista de Lucas Pereira

Rodolfo Martins Kravutschke é formado em Medicina pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, tem 28 anos e se orgulha em contar da carreira como médico da família e da comunidade na cidade de Telêmaco Borba. Entre outras coisas, Rodolfo também se orgulha de trabalhar com a esposa, Letícia, e de ser o autor da coluna A Vida, no site do Cultura Plural.

Rodolfo revela que começou a escrever muito cedo, aos 13 anos, arriscando alguns poemas de forma tímida. Aos 16, a frequência dos textos aumentou e surgiu o hábito de guardar tudo que escrevia, como forma de recordação. Com essa idade, também começou a estudar e criar sua própria identidade literária por meio do conhecimento de diferentes movimentos e figuras. Rodolfo aprecia a obra de Ferreira Gullar, Gabriel García Márquez e José Saramago, e cita com paixão o encantamento que tem pelo existencialismo e pelo realismo fantástico.

Rodolfo soma cinco anos de Cultura Plural, com uma média de dez textos publicados por ano. O autor gosta de falar sobre suas intenções por trás do que escreve e cita o quanto seus poemas e textos são inspirados em sua vida. Desde o perdão para os amigos dos quais se afastou, até relatos sobre estar próximo na morte de pacientes, Rodolfo consegue colocar tudo no papel, com o objetivo de demonstrar o quanto situações rotineiras, tanto como médico, quanto como pessoa, acabam o afetando.

Rodolfo acredita que o Cultura Plural o acompanhou durante anos complicados, desde antes de se formar. Durante a elaboração do TCC, a formatura e as complicações ao procurar um emprego, a escrita esteve ao seu lado, sofrendo mudanças e transformações que também diziam muito sobre o que ele estava sentindo. “Essa participação na coluna foi algo muito importante, olhando retrospectivamente para uma leitura de quem fui e quem eu sou agora”, garante.

Para a nova etapa de Rodolfo Martins Kravutschke como colunista do Cultura Plural, o autor teve o apoio do professor Kevin Furtado. A ideia foi selecionar os textos que tinha guardado (desde seus 16 anos) para que sejam revisitados, já que, assim, continuaria trazendo conteúdo para o site de uma maneira que não prejudicasse sua rotina cada vez mais ocupada na área da saúde. A seleção dos textos demorou mais de dois meses, e o subtema citado por Rodolfo, o amor, parece ser uma das coisas que mais o motiva na hora de escrever, já que o autor consegue enxergar esse sentimento como algo que se relaciona com todas as coisas.

Foram separados diversos textos sobre o tema, envolvendo amor como reconhecimento pessoal, o amor por si próprio, o amor nas relações sociais e o amor pelas pessoas e por uma causa. Rodolfo escreve pelo amor, essa força que, segundo ele mesmo, permeia sua vida e o move. A partir do mês de junho, os textos de Rodolfo serão publicados semanalmente na coluna A Vida, disponível no site do Cultura Plural.

 

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