Bolhas na pele, areia na cueca e cerveja barata em Guaratuba

Por Igor Vieira

Ah! Já faz um tempo que janeiro não muda. É o calor que condena, a programação na TV que se repete e a praia ainda é Guaratuba. Ao menos, os ponta-grossenses que gostam de mim, encontram-me tomando um sol. Maravilha é o retorno. Congestionamento quilométrico e a garrafa de água mais próxima custa dez reais. Coloca uma música no rádio, tranquilizante, de preferência. O braço para fora do carro fica mais vermelho que o outro – dos males o menor, o turista desprovido de melanina insiste em vestir regata sem passar protetor solar e os dois braços ficam avermelhados. Quando retorna a Ponta Grossa é só alegria. Retira os guarda-sóis e cadeiras de praia do carro e coloca naquele lugar que só é vasculhado no outro janeiro. As peças de roupas voltam com o dobro do peso. Quando jogadas na varanda, a areia contida nos bolsos é suficiente para montar um castelo. Os amigos e familiares mais próximos acreditam que está sobrando dinheiro e me pedem emprestado. Não empresto! Quase não tenho. É incrível como janeiro, para mim, nunca muda.

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