Cultura Plural

Espaço de visibilidade, interação e memória para artistas e grupos culturais de Ponta Grossa e região dos Campos Gerais/PR

Soneto de encanto

Sabes, que do amor que te tenho,é profunda e bela a minha luta,pois é belo o que o amor executa,tua felicidade é meu empenho. Noites que ardi com tua lembrança,são notas claras do que me causa,amor imediato, sem pausa,és da alegria, semelhança. Que as noites frias, eu sozinho,sejam esperando tua voltae aqui estarei para ti. …

Antes que os olhos se fechem

Acaba o dia e o amor começa como um resumo das almas como um terço das bocas, como um anúncio da vida, os olhos se encontram enquanto o sentimento escorre, ilumina a escuridão do quarto e o amor se inicia, será até capaz de olhar o nascimento do amor nas entrelinhas dos corpos. E a tua proximidade traz vida, os caminhos que eram turvos e …

Questões urgentes

Como me esconder,se na frente dela estou livrede qualquer segredo? Como me esconder,se os olhos dela são farola iluminar minh’alma? Como me achar,se a boca que eu tanto desejonão está a acariciar meus lábios? Como não me mostrar,se meus poemas são quadrosem que estou despido de qualquer pudor? Como não disparar meu coração,se ela está …

Vou te amar

Vou te amar atémeus olhos não identificaremas mínimas coisase eu terei quete beijar por um caminhotraçado na minha menteaté a tua boca. Vou te amar atémeus conceitos seremantigos e incertose a minha busca em tiserá diáriapara te conheceraté nos sonhosmais profundos. Vou te amar atéos cabelos rarearem,a pele demonstraro sinal dos anose os olhos acinzentareme …

A literatura como linguagem de amor na vida de Rodolfo Martins Kravutschke

Por Helena Denck com entrevista de Lucas Pereira Rodolfo Martins Kravutschke é formado em Medicina pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, tem 28 anos e se orgulha em contar da carreira como médico da família e da comunidade na cidade de Telêmaco Borba. Entre outras coisas, Rodolfo também se orgulha de trabalhar com a esposa, …

Manhã

Acorda o dia,vem o frio, sorrateiro,e se arrasta pelo quarto,macio e calmo.Meus sentidosjá reconhecemo início do dia,o florescer da manhã. Lento, preguiçoso,o sol tambémse atrasa em acordar,um pé de cada vez,vou abrindo meus olhose o meu eu para o mundo,ambas gavetas fechadas. Acorda o pássarono vazio do concreto,e as esquinas espiamesse raio de alegriana manhã …

Claraboia

Vejo o céu por uma claraboiacomo que por uma janela da alma,uma fina luz que invade.Vejo as mudanças do dia,o sol, a lua e as estrelascruzam meu quartopairando sobre mim. E o silêncio aqui dentropercorre os séculose a imensa solidão,mas a tudo posso ver,basta olhar com atenção,por esse buraco no tempo,na escuridão. O quarto reflete …

Paciente

Via o pacientetentando entender o que se passava,e gastava uma árdua horapra lhe compreender. Olhando os permeios,as alegrias,os medos,misturando tudo na dose certapra tentar chegar… Uma dose de empatia,uma dose de carinho,amor, curiosidade, ajuda,e o paciente transeunteainda disperso pelo consultório. Estudo as palavras, estudo os sinais,procuro em mimpra nele me achar,tentando lhe descobrir a face, …

Apesar de você

Não negaa burrice e a falha,depois mata,acaba com milhares de vidas,finge, ri, não nega,sonega. Não pode, não deve,porém,não solta?Tão podre o desdém,tão leviano,desengano,não diga amém. Olho para os que sofrem,olho para os que sentem,compadeço-me,mas será apenas issoo suficiente? Tenho medo,tenho alma,espero o que veme me apego ao segundoque se fia.Tenho esperança,quero mudar,e espero,pois,amanhã será sempreoutro …

Lírios

Passam-se os lírios, meu amor,passam-se as horas,as castas,as finitas horas,os funestos e sem demora. Passam-se os diminutos,rés-menores,absolutos e díspares,semicolcheias,por uníssono as que enlameam. E que o dia,a liberar-se de mim,canção ríspida,torcida desalmada. E que a porvir,destemer em alma,acolher em ouro,fazer-se calma. Tingir de ouroo que de ouro seja.Desfazer, deter, desonerar,não temer o óbvioe se entregar.Feitio …

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