Concerto faz homenagem às mães e resgata música clássica de PG

Por Leonardo Camargo e Mayara Mirante

O concerto “Danúbio Azul”, realizado no último domingo (1º) no Cine-Teatro Ópera, foi uma homenagem da Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa (OSPG) ao Dia das Mães. O repertório foi composto por valsas de Mozart, Strauss – compositor da música que deu nome ao evento -, Tchaikovsky, entre outros. O evento também fez uma homenagem ao compositor ponta-grossense Gabriel de Paula Machado.

A composição “A Olvidada” foi a música escolhida para a homenagem. Resgatada em 1997 pela família, a filha do compositor, Ana Machado, conta que foi um presente ouvir uma música que seu pai escreveu aos 19 anos ser tocada tantos anos depois. “É muito gratificante poder mostrar para as pessoas que gostam de música que Ponta Grossa tem seus compositores”.

Ana veio de Brasília prestigiar o concerto e a homenagem a seu pai, já que o compositor não pode comparecer por questões de saúde. Ela diz que a irmã mais velha, pianista por influência do pai, descobriu umas partituras inéditas compostas por Gabriel. “A partir dessas partituras nós revivemos um acervo de músicas, entre elas estava “A Olvidada”, que ele escreveu entre os anos de 1945 a 1947”, comenta Ana.

O maestro Jorge Scheffer relata que apresentar tal canção foi a grande emoção da noite. “O arranjo da obra foi por mim realizado, então eu estudei muito a partitura. Foi com certeza a parte mais emocionante do concerto e acredito que virão mais partes como essa nas futuras apresentações”. Segundo ele, a proposta é privilegiar cada vez mais o povo não só de Ponta Grossa, mas da região e do país.

Além das valsas, foram apresentados para o público os instrumentos de metais que fazem parte da orquestra. “Os solistas puderam apresentar os timbres e as peculiaridades dos instrumentos”, explica o maestro. Trompete, trombone, trompa e tuba foram tocados nos intervalos entre as valsas.

Lílian Nascimento, que prestigiou o concerto, admite ser uma admiradora do trabalho da orquestra. “Eu costumo acompanhar as apresentações deles e já virou algo importante ir aos concertos por ser sempre muito bonito. As músicas fazem bem para a alma”.

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