Da eterna poesia

Da eterna poesia

Às vezes escrevo por Deus,
às vezes escrevo por mim,
depois de tanto escrever,
mal sei o que já escrevi.

De súbito me vem
uma vontade de desenhar
e as linhas então
transformam-se em lar.

Uma fala,
uma falha,
espalha o que falta.

Uma sombra,
um assombro,
até sua volta.

 

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