Diante do fato pandêmico,
Que de repente nos fez cativos da própria história,
De repente… sem pressa, sem hora.
Apenas observadores do que viria a ser, e do que é memória.
Sem poder, no entanto, dimensionar com precisão,
Nem se limitar como antes de tudo se fazia.
Porque foi preciso uma pandemia,
Para perceber que tudo é mais do que eu via.
Mais que palavras expressas em tempo oportuno, E não expressas também; Mais daquilo que foge ao entendimento, E ao desentendimento; Mais que um café em tarde chuvosa, E água em tempo seco; Mais que as distâncias, Porque as grandes coisas só são vistas à distância. Muito mais que um só poema. É mais.
Por Daniele A. Bach
É formada em Letras e Administração pela UEPG, nasceu em Palmeira, dos Campos Gerais. Tem um livro de poemas publicado, intitulado “Alforria”, e acredita que a arte, em todas as suas formas de expressão, tem um poder humanizador e libertador.
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