Das antiguidades
Escuto o eco
de antigas palavras
que se encontram
no meu interior,
são palavras doces,
como todas as palavras são,
doces em serem emitidas,
doces em setembro
ao pé de um ipê
ouvindo o som
dos pássaros
a nos namorar.
Escuto o eco
como se escuta
um segredo,
tentando focar em cada
centímetro de som
o notável
tempo.
Dos ecos mais abastados
vem o amor sanguíneo
e o mar de você.
Dos ecos mais míseros
vem um eu passado,
afastado
e sofrido,
uma lágrima
sempre me valerá.
Escuto nessa tarde de maio
o que meus olhos
me relembram.
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