A criança pobre chora sem lágrimas,
uma desolação em viver,
olhos vidrados
ou cheiro de morte,
todo descaso alimentado
a talheres de prata.
“Veja o preço da gasolina”,
o preço do feijão é outro,
mas não interessa?
Do alto da reclamação
faltam olhos
e compaixão,
internado na sua irracionalidade,
contra ditaduras inventadas
por argumentos egoístas,
escutar dói.
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