Por Gabriela Clair e João Guilherme Castro
O guitarrista David Gilmour está na turnê solo ‘Rattle That Lock Tour’ para divulgar seu novo álbum solo, ‘Rattle That Lock’, lançado no dia 18 de setembro, após um hiato de quase nove anos sem lançar conteúdo novo. Gilmour é guitarrista desde 1963, mas obteve sucesso apenas cinco anos depois, quando entrou para uma banda de estudantes da Escola Politécnica de Arquitetura de Londres chamada ‘Pink Floyd’, há quase meio século.
A banda, então formada pelos músicos Syd Barrett, Roger Waters, Richard Wright, Nick Mason e, a partir daquele momento, David Gilmour, conquistou sucesso internacional com seu rock psicodélico, introspectivo e progressivo, com letras filosóficas e realistas, experimentações musicais, encartes de álbuns inovadoras e shows bem elaborados. Por problemas psicológicos, Syd Barrett deixou a banda logo no começo.
O Pink Floyd não teve um fim pacífico, devido às desavenças entre David e Roger. Mas não dá para negar que, mesmo com o fim, o Pink Floyd nunca saiu dos corações dos fãs, que não deixam sua música morrer e a fazem continuar conquistando corações pelo mundo afora.
Agora, além dos fãs, há mais alguém não deixando o som de uma das maiores bandas de Rock morrer: o próprio David Gilmour. Mesmo com músicas solo e um álbum novo para divulgar, Gilmour faz os clássicos do Pink Floyd reviverem nos palcos do mundo.
A turnê passa por diversos países, entre eles o Brasil. Curitiba, para a surpresa de muitos, foi colocada na agenda da turnê. O show acontece nesta segunda-feira (14) na Pedreira Paulo Leminski, cuja capacidade é de até 30 mil pessoas.
A grande procura pelos ingressos fez com que os fãs se programassem com antecedência. A busca por discos de vinil da banda aumentou significativamente, principalmente nos sebos. A nostalgia prevalece nos corações de apreciadores do rock clássico. “Essa sensação que remete à adolescência, aos encontros com os amigos para ouvir aquele som do vinil, é fantástica. É uma das coisas que ainda mantém o rock clássico nas memórias”, relata o professor de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa, Anderson Prado, 37. “Como professor de História, o Pink Floyd remete bastante à questão social da época em que surgiu. Toda a questão cultural da banda me fascina”, comenta.
Para a fã Maria Luiza Clarindo, 18, o rock é tradição da família. “Eu cresci ouvindo Pink Floyd, a trilha sonora da minha vida foi formada pela banda, desde a infância até a adolescência. A ida ao show do Gilmour é a realização de um sonho”, conta.
A banda influenciou muitos músicos em toda sua história. Três destes são de Ponta Grossa. A banda Astrid já afirmou ser influenciada pelo Pink Floyd em entrevista ao Cultura Plural . Alexandre Cosati, guitarrista da banda Astrid, conta que gosta da banda desde pequeno. “Não conheço muito da carreira solo do Gilmour, o interesse pelo show é mais pela discografia do Pink Floyd mesmo”, comenta. Alexandre, que vai a Curitiba com uma caravana organizada por fãs ponta-grossenses, vê Gilmour como uma das maiores influências para ele.
A turnê do roqueiro inglês passou por São Paulo, em show duplo no Allianz Parque, na sexta-feira e no sábado (11 e 12), passa por Curitiba nesta segunda-feira (14) e ainda por Porto Alegre, na quarta-feira (16), em show na Arena do Grêmio. Na América do Sul, a turnê passa também pela Argentina e pelo Chile, nos dias 18 e 20, respectivamente. Em 2016, os shows do inglês devem passar pela América do Norte e por vários países da Europa.
O inglês vai obter ótimo lucro com os fãs brasileiros. Os ingressos dos shows pelo país variam de R$ 270,00 a R$ 1200,00 nos últimos lotes de compra. Em Curitiba, são apenas dois tipos de ingressos: pista normal e premium. A pista normal custou, no 1º lote, R$ 480,00 a inteira. O primeiro lote da pista premium custou R$ 1.040,00 a inteira.
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