Dentro da melodia: Conservatório Maestro Paulino

Caminhar pelas ruas de Ponta Grossa aparentemente é uma atividade banal. Se o andarilho escolhe a Rua Theodoro Rosas, o passeio tem direito a trilha sonora. O número 871 é a sede do Conservatório Musical Maestro Paulino. A escola pontagrossense funciona desde 1972.

O Conservatório é memória viva da cidade. A instituição surgiu com o objetivo de preparar musicistas para a orquestra sinfônica. A escola traz história no próprio nome. O maestro Paulino foi importante personagem da música na cidade. De acordo com o diretor executivo, Jairo Ferreira, o maestro colaborou para a criação da Banda Lyra dos Campos. Paulino também atuou como maestro da Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa.

Os 270 alunos do Conservatório têm aulas semanais, práticas e teóricas. As opções de instrumento de estudo são diversas. A escola oferece aulas de piano, violino, viola, flauta transversal e doce, violão, clarinete, saxofone, trompete e canto lírico. Aulas de teoria, histórica da música, solfejo e música em grupo complementam os estudos. A escola também realiza apresentações e concertos para a divulgação da música na cidade.

 

Ponto de encontro 

No Conservatório, pessoas de idades e profissões diversas convivem. Histórias de vida se encontram com um objetivo comum: vivenciar a música. Para algumas pessoas, a música está no sangue. “Tem alguma coisa com dom”, disse a aluna Francielly Gvisdala. A estudante contou que o pai era musicista.

Alexia Guck comentou que seu primeiro contato com a música aconteceu na Banda Lyra dos Campos. A aluna estuda piano no Conservatório. “Me apaixonei pelo instrumento e comecei a tocar”, afirmou. A estudante de violino, Maria Georgina Santos Ávila, iniciou os estudos ao observar os ensaios da filha, que já estudava o instrumento.

O aluno Olavo Santini iniciou estudos no Conservatório em 2010. “Eu vejo uma partitura e tenho que decifrar”, afirmou. Olavo sempre teve o sonho de aprender a ler partituras. Agora o aluno pode concretiza-lo com as aulas no Conservatório. Santini toca acordeon desde os 18 anos de idade. “Quando você houve uma gaita tocar, desperta o interesse”, completou. Professor há 15 anos, Olavo contou que aprendeu a tocar acordeon sozinho.

 

Acessibilidade 

A escola também incentiva a acessibilidade ao ensino da música. Dois alunos com deficiência visual e um estudante com dislexia iniciaram os estudos na escola em 2010. “A teoria é vista na prática”, disse o aluno Orlando de Freitas. A estudante Francielly Gvisdala ressalta que não existe diferença nas aulas, todos os estudantes recebem o mesmo conteúdo. Segu

ndo Gvisdala, utiliza-se o mp3 para auxiliar o aprendizado.

A professora de piano Cássia Wutzke Neumann acrescenta que a música proporciona enriquecimento pessoal e é um direito do indivíduo. “Faz parte da formação do ser humano”, disse.

Para mais informações sobre a escola, acesse o site www.maestropaulino.com.br.

Nenhum comentário

Adicione seu comentário

Skip to content