Do desenho ao machê

Por Marina Semensati

Estudante de Arquitetura e amante dos desenhos desde criança, Lárus Baptista Antunes da Luz, 19, vende seus desenhos, fabrica máscaras e fantasias para uso pessoal e recentemente foi contratado por uma escola para ensinar o passo a passo da confecção dos utensílios.

Lárus sempre gostou de desenhar, mas foi em 2013 que teve a ideia de fazer alguns desenhos para vender para alguns amigos, de maneira informal. Inspirado em monstros, fundo do mar, “coisas nojentas”, personagens, e muitas vezes em pensamentos sem lógica alguma, foi em 2014 que começou a comercializar seus desenhos. “Eu estava aceitando encomendas, fazia o desenho e vendia só ele mesmo. Depois fui aprimorando, comprando mais materiais, com melhor qualidade, e comecei a emoldurar os desenhos, então eles começaram a virar quadros”, relata.

Ainda no ano passado, o desenhista expôs seu trabalho numa feira cultural em Curitiba, onde Mariane Kraviski – dona de uma loja de artes em geral, na capital – fez um acordo para deixar algumas obras em tela em sua loja por determinado tempo. Quando voltou para Ponta Grossa, Lárus decidiu fazer desenhos apenas em papel, para não perder os detalhes que desapareciam na tela.

“É um trabalho pouco valorizado, mas eu gosto muito, ainda mais da forma como eu pedi pra ele, feita a lápis, ‘rabiscada’, minha forma favorita de desenho”, observa Leonardo Silva, cliente de Lárus. Outra pessoa que também fez encomenda foi Bruna Tabisz, que acrescenta: “decidi optar pelo trabalho dele porque o artista tem um traço individual que torna o desenho único”.

Além dos desenhos, Lárus e seu irmão, João Pedro, sempre criaram fantasias, a primeira do filme 300, e foi aí que nasceu o interesse em máscaras. Possui uma coleção contendo oito itens, entre personagens de filmes, como Donnie Darko, e jogos, como Dead Space, além das criações próprias.

Alana Berti, dona da loja/escola Espaço, descobriu por meio de familiares este trabalho que é feito com papel machê, E.V.A., entre outros materiais, e convidou Lárus para dar aulas de como fabricar as peças.

Para este ano o jovem pretende iniciar outro projeto: desenhar em paredes. Este trabalho artístico teve início em meados de 2010, quando começou a desenhar no seu quarto e depois expandiu para a casa toda. “Só preciso me organizar melhor, divulgar e tal, daí eu começo”, conclui Lárus.

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