“Histórias que eu vou contar”, espetáculo da escola La Ballerina, foi produzido em outro formato para evitar aglomerações
No último sábado (28), aconteceu o espetáculo de balé “Histórias que eu vou contar”, apresentado pelos componentes da escola de dança La Ballerina. As duas sessões, às 19h e às 20h30, foram realizadas no formato de cinema drive-in, no Cine Flexx Drive-In, para evitar aglomeração durante o período de pandemia. Quem comprou o ingresso pode assistir ao espetáculo sem sair do carro, que poderia ter até cinco pessoas. O áudio da apresentação foi sintonizado pelo rádio do veículo, que acompanhava o que acontecia na tela do cinema.
Os ensaios foram realizados de forma remota, mas a apresentação foi gravada durante o período de isolamento. Para garantir a segurança dos alunos e da equipe, cada participante gravou sua parte sozinho na escola, para respeitar o distanciamento social e evitar aglomerações. Todas as participações individuais passaram por edição, para garantir que todos os alunos estivessem presentes na tela.
O enredo do espetáculo juntou teatro e dança, citando a pandemia do coronavírus e diferentes décadas, com uma temática divertida e que demonstra a esperança dos participantes por um mundo melhor, com a superação da pandemia. O final do espetáculo contou com a equipe realizadora sendo festejada de modo diferente, com as buzinas dos carros.
A aluna Lilian Magalhães conta que, no começo, teve dúvidas sobre o funcionamento do espetáculo nesse formato diferente, mas ficou feliz de poder participar da apresentação anual. Apesar das dúvidas, Lilian fala com orgulho do resultado: “Foi muito divertido me assistir pela primeira vez na vida ao mesmo tempo que meus amigos e familiares, senti orgulho das minhas colegas e da equipe por se esforçarem para entregar um espetáculo com temática divertida e esperançosa no meio de um período tão difícil”. Ela avalia que nesse ano a arte conseguiu unir as pessoas de um jeito especial.
A diretora da escola La Ballerina, Adryelli Capóia, relata as dificuldades de realizar o projeto durante o cenário atual, destacando a forma on-line de aulas e o delay da internet: “Quando começamos os ensaios, a maioria das turmas estava acontecendo somente de forma on-line. Uma coreografia que passávamos para os alunos de forma presencial em quatro dias, pelo método on-line levava o dobro de tempo”.
Apesar das dificuldades, Adryelli demonstra satisfação ao falar do resultado do projeto e conta que a escola tem interesse de realizar mais projetos no mesmo modelo, mesmo que tudo volte à normalidade: “Dançar no palco do teatro é muito incrível, achávamos que nada poderia substituir! Mas ver o sorriso dos nossos nos carros quando se viam dançando em uma tela de cinema após um ano tão diferente e difícil nos fez ter a certeza de que todo esforço valeu a pena”.
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