Consumidores de cinema em Ponta Grossa têm à disposição não somente o circuito comercial, mas também sessões gratuitas de projetos, fixos ou temporários, existentes na Cidade. Em outubro de 2011, além do cinema instalado no Shopping Palladium, Total reabriu as portas das ‘salas escuras’. “Desde que nosso estabelecimento deixou de ter exibição de filmes, há quase seis anos, os lojistas e o público vinham reclamando sistematicamente. Com uma pesquisa de opinião, descobrimos que era viável reabrir”, diz a gerente geral do Cinema Lumière (no Shopping Total) – que conta com cinco salas -, Dahiane Rodrigues Foltran.
Quanto aos cinemas comercias, ambos afirmam que o período de férias é o de maior procura. A direção do Cine Araújo (no Shopping Palladium) observa que o mês das crianças, outubro, também apresenta esta característica. Todavia, o público que o procura é variado e amplo. No Lumière, a maioria são casais e idosos e no Araújo, por outro lado, a procura se concentra entre pessoas de 25 a 50 anos, segundo seus dirigentes. Ambos não têm previsão de aumento de salas.
Para aqueles que concordam que o preço de uma entrada inteira nas salas de exibição é caro, existem variadas opções de filmes gratuitos. Um dos projetos que se mantêm ao longo de todo ano, desde 2005, é o Tela Alternativa, coordenado pelo professor Antônio Teixeira, do curso de Letras da Universidade Estadual de Ponta Grossa. As sessões contemplam filmes que não estão no circuito comercial, e após cada exibição, há rodadas de debates. O público majoritário é o universitário, com presença de 40 a 50 pessoas por filme.
Os filmes que mais levam o consumidor às salas escuras são os de ação, animação e terror. Dahiane conta que desde que o cinema foi reinstalado, o filme Smurfs foi o de maior público, ganhando até mesmo de sagas consagradas, como Harry Potter. Já no Tela Alternativa, Teixeira conta que os filmes que mais levaram pessoas à sessões foram O milagre de Anna Sullivan e Laranja mecânica, mas que filmes com temática social e ligados à justiça também são atraentes.
Um problema que todos que desejam assistir filmes encontram é quanto a localização central dos dois cinemas comerciais e dos projetos de filmes gratuitos (caso do Tela e de outros que eventualmente surgem). Com isso, em muitos momentos, o valor gasto pelo morador de bairros periféricos para deslocar-se – mesmo que em sessões sem custo de entrada –, faz com que se torne caro, e difícil, frequentar o cinema. Teixeira observa, no entanto, que no caso do Tela Alternativa, por exemplo, o público reside em áreas não muito distantes do local em que se realizam as atividades.
Serviço
O Tela Alternativa ocorre toda terça-feira, às 19h30, no Cine-Teatro Ópera. Confira a programação do Cinema Multiplex Palladium aqui, e do Lumière, aqui.
Reportagem de Ana Carolina Miola
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