Por Lilian Magalhães, Manuela Roque, Maria Helena Denk, Yasmim Orlowski e Yuri A.F. Marcinik
Quando pensamos em filmes para o Dia dos Namorados, existem opções que marcam presença. Filmes como “Quando Harry Conheceu Sally” (1989), “Annie Hall” (1979), “500 dias com Ela” (2009), “Uma Linda Mulher” (1990) e “O Diário de Bridget Jones” (2001) sempre aparecem devido às gerações que cativaram e pela bem-vinda sensação de aconchego que trazem – afinal, clássicos não ganham a alcunha à toa. Mas para aqueles que se interessam por percepções mais variadas, diferentes e plurais sobre a incrível arte do amor, o Cultura Plural trouxemos cinco opções pouco convencionais para ver junto de quem se ama neste Dia dos Namorados de 2022.
“Nunca Fui Santa” (1999), de Jamie Babbit
Talvez seja um dos filmes mais revolucionários e incompreendidos do gênero de comédia romântica. Megan Bloomfield (Natasha Lyonne) é forçada pelos pais a frequentar um campo de terapia de conversão, já que eles desconfiam de sua sexualidade. De maneira satírica, Jamie Babbit trata o tema como nunca visto antes, trazendo a leveza da comédia romântica em conjunto com comentários sociais sobre a terapia de conversão, a homossexualidade e a religião. Não é à toa que, hoje em dia, “Nunca Fui Santa” seja um clássico cult.
Disponível no catalogo VOD da Amazon.
“A Beira do Abismo” (1946), de Howard Hawkes
Dentro de uma trama rocambolesca recheada por figuras pitorescas, assassinatos, traições, intrigas e reviravoltas, o que menos esperamos é que o cinismo de figuras como a do icônico detetive Philip Marlowe (Humphrey Bogart) seja derretido pelo amor inesperado. Mas este é o charme da obra quintessência do gênero noir de Howard Hawks baseada no romance de Raymond Chandler. Ao usar e abusar do subtexto para criar um romance intrigante entre o casal Boghart e Lauren Baccal – casados na vida real -, o filme balanceia seu cinismo sagaz, indissociável dos grandes noirs clássicos, com uma camada terna e charmosa de química de seus astros para dar alma e sabor ao suspense.
Disponível em CinemaLivre.net.
“Us Again” (2021), de Zach Parrish
Que tal uma história de amor contada de trás para frente, em que os personagens, já mais velhos, relembram o começo da paixão? Esta é a história do curta-metragem “Us Again” (2021), o qual conta a história de Art e sua esposa Dot, que reacendem seu entusiasmo pela vida em uma noite mágica através da dança. Além de explorar o tema do envelhecimento, a importância de estar presente também é discutida para apresentar o caráter flexível do amor dos personagens. Em apenas 7 minutos o espectador já está encantado e quer sair dançando pelas ruas com o seu amor, em busca de um eterno amor jovem, livre e contagiante, assim como uma boa música de jazz. Um curta capaz de tirar suspiros tanto daqueles que estão começando uma vida juntos, quanto de quem já tem uma coleção de histórias para contar.
Disponível no serviço de streaming Disney +.
“A Criada” (2016), de Park Chan-wook
Situada na Coreia do Sul durante a ocupação japonesa na década de 1930, a empregada Sookee (Kim Tae-ri) planeja um golpe vigarista contra a patroa, Hideko (Kim Mim-hee), herdeira de um rico senhor nipônico. Em pouco tempo, o plano de Sookee toma outros rumos quando a sul-coreana percebe que a feminilidade de Hideko é explorada por seu tio e a relação entre as duas mulheres passa a ser sinônimo de companheirismo, cuidado e amor à sua própria maneira. A obra de Park Chan-wook é aclamada por trazer o erotismo sáfico de forma delicada dentro da narrativa de um drama envolvente, o que torna “A Criada” uma experiência única para o espectador.
Disponível no serviço de streaming Prime Vídeo.
“Imagine You and Me” (2006), de Ol Parker
No dia do seu casamento, Rachel (Piper Perabo) conhece a florista Luce (Lena Headley) e sente uma forte atração por ela. Ao se reencontrarem, a amizade entre as duas cresce tanto quanto as dúvidas de Rachel em relação ao marido. Ao saber que Luce é gay, sua vida vira do avesso. “Imagine Me & You” é aquele filme conforto que tantas pessoas LGBTQIA+ procuram mas raramente encontram. Um romance fofo, cômico e florido. O longa consegue com maestria representar a magia, calmaria e suavidade dos relacionamentos entre duas mulheres, e o melhor: sem nenhuma problemática.
Disponível no serviço de streaming Prime Vídeo.
Nenhum comentário