Por Bruna Camargo
Janeiro. Mês que nos remete a férias, verão, passeios e calor. É nessa época que a maioria das pessoas realizam viagens. Os destinos são variados. Ir à praia, visitar cidades históricas, ou no meu caso, voltar para casa. E quando falo ‘voltar para casa’, não se trata apenas de estarmos embaixo do mesmo teto que nossos familiares. Vai além disso. Voltar para casa é também voltar os olhos para onde está nosso coração, que fica apertado o ano todo, por perder os almoços de família, os aniversários de quem amamos, por tentar, ainda que sem sucesso, diminuir os quilômetros de distância através de ligações e fotos. É claro que entendo porque estou aqui, e lá eles entendem também, mas o preço é alto. Por isso voltar para casa se torna tão especial. Os risos, problemas, piadas e histórias daqueles que são a nossa casa, voltam a estar presentes em nossa vida. Voltar para casa é mais do que matar a saudade. É saber que você não está sozinho para enfrentar os perrengues que começam precisamente a partir do próximo mês. É compreender que ninguém é feliz sozinho. E mesmo se essa sandice fosse possível, eu jamais optaria por isso. É sentir o alívio por saber que não importa quantos problemas surjam, quantas dificuldades apareçam, o mundo dá voltas, e para sempre nos almoços em família. É como diz o autor Pedro Gabriel, ‘o melhor lugar, nunca foi um lugar’.
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