Exposição ‘Minha Carne Não Me Define’ promove debate sobre o corpo feminino

A exposição ‘Minha Carne Não Me Define’ foi aberta com a apresentação da cantora MUM e suas convidadas. Na noite desta quinta-feira (05), as expositoras e o público presente tiveram a oportunidade de debater sobre os assuntos gerais da exposição, durante uma roda de conversa. O debate girou em torno de questões relacionadas à aceitação do corpo feminino e também sobre a desigualdade de gênero enfrentada pelas mulheres.O evento envolveu 28 expositoras, que apresentaram trabalhos artísticos variados como fotografias, pinturas e esculturas, que de algum modo englobavam a figura feminina. A exposição  foi promovida pela Fundação Municipal de Cultura e faz parte da programação especial do mês da mulher.

A exposição é composta por obras que representam a diversidade da mulher, sendo ela negra, indígena, branca, gestante ou de corpo gordo. A produtora cultural, Elisângela Schmidt, conta que a mensagem que a exposição passa vai muito além da comemoração do dia 8 de março. ‘‘Eu quero mostrar que nós estamos discutindo o mês da mulher, a gente não está comemorando, estamos lutando pelos nossos direitos, lutando pelo nosso corpo’’.A dançarina Melu do Brasil destaca a importância da iniciativa da Fundação Municipal de Cultura. ‘‘Um espaço público e gratuito que envolva as mulheres e que tenha uma roda de conversa, que tenha uma roda de convívio, que a gente consiga se olhar no olho, que a gente consiga trabalhar, mostrar o nosso trabalho, isso é lindo demais e muito importante’’, diz.

A estudante de enfermagem, Daniele Domingues de Moraes, destaca que a discussão da roda de conversa foi muito válida para ela como mulher. ‘‘Nós mulheres sofremos muita dor, simplesmente por sermos mulheres, simplesmente por termos que seguir padrões, seguir o que a sociedade diz que a gente tem que ser, e não é nada disso né, a gente pode ser como quiser’’, acrescenta.

Durante o evento a cantora MUM realizou a performance de dança inspirada, segundo ela, com as fases da lua, que representam fases de uma mulher. Seu projeto intitulado “Um corpo é um corpo”, exposto na galeria, tem a proposta de fazer uma releitura de quadros famosos, substituindo corpos magros por corpos gordos para reforçar a ideia de representatividade na arte. Desde o início de 2019, o projeto circula pela internet em conjunto com o documentário “O corpo gordo é obra prima”. Em forma compacta, com as fotografias em um ‘varal’, a exposição já foi levada para outras cidades, como Curitiba e São Paulo. “Minha exposição discute corpos gordos, mas não só o corpo gordo da mulher, porque têm homens participando também”, afirma MUM.

A exposição fica disponível no Centro de Cultura e Inovação, entrada pela Rua Augusto Ribas, durante todo o mês de março. O horário de funcionamento é das 8 horas até às 14 horas.

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