O projeto de extensão Lente Quente, do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), lançou nesta sexta-feira (27) a exposição “Cores de 29 de abril: crônica fotojornalística de um dia que não terminou” no Centro de Cultura. O evento contou com a participação de fotógrafos, acadêmicos da UEPG e testemunhas do massacre aos servidores públicos do Estado no Centro Cívico em Curitiba ocorrido durante a greve de 2015.
A ideia da exposição surgiu quando membros do projeto encontraram arquivos brutos da época em seu acervo, com praticamente todas as fotos de cada fotógrafo descarregadas em uma pasta. Com isso, fotos que ficaram de fora do livro lançado em 2015 pelo projeto Lente Quente por meio de financiamento coletivo – “Massacre 29 de abril” – vieram à tona na exposição, com a intenção de mostrar um novo olhar e trazer vida ao ocorrido, pouco lembrado neste ano de 2018.
Os acadêmicos João Guilherme Castro, Veridiane Parize e Angelo Rocha se pronunciaram durante o evento, bem como Rafael Schoenherr, professor responsável pela criação do projeto.Ângelo, presente como fotógrafo no massacre, reforça a importância de lembrar a ocasião. “Se esta exposição não acontecesse hoje, provavelmente não seria um dia lembrado, passaria batido”, comenta.
Ao contrário da abordagem episódica do livro, com fotos em preto e branco, a exposição tenta despertar um sentimento diferente com fotos coloridas não somente do massacre, mas também da greve e da ALEP. “Se uma foto em preto e branco não marcou o suficiente, talvez na cor ela marque”, observa Ângelo, ao reforçar que as cores devem trazer vida para a data.
A exposição fica aberta ao público até o dia 4 de maio no Centro de Cultura, com entrada gratuita.
Nenhum comentário