Flicampos discute novas tecnologias de ensino

por Stiven de Souza

O segundo dia (02) do Festival Literário dos Campos Gerais (Flicampos) conta com a apresentação da Lousa Digital, por representantes da empresa BGX Tecnologia Ltda. O evento proporcia debates sobre a inserção de novas tecnologias educacionais em sala de aula. Com início às 9 da manhã, as discussões e exibições da lousa digital acontecem na Casa da Memória e se estendem pelo dia todo.

A equipe que coordena as demonstrações do equipamento vem de Tibagi, onde desde maio do ano passado a lousa digital está presente em todas as escolas do município. “O projeto foi desenvolvido pela BGX e apresentado à prefeitura da cidade, que passou a adotar a lousa digital na rede de ensino”, conta a pedagoga Patricia Flores, uma das apresentadoras. “São 12 escolas, entre créches, que fazem uso do equipamento”, completa.

A lousa digital possui a mesma função de qualquer lousa. O diferencial está na interatividade do empreendimento. Comandado pela tecnologia do touchscreen, o suporte permite que o conteúdo das aulas seja arquivado em pastas de acordo com cada disciplina. O software educacional Scrapbook contribui para operação do equipamento ao trazer atividades voltadas para a sala de aula.

Há um ano, as professoras de Tibagi ainda planejavam aulas com a caneta. Após a digitalização das salas de aulas da cidade, foi necessária uma mudança também no método de ensino. “Junto com a instalação da lousa digital, vieram intrutoras de curso que auxiliaram as professoras no uso dessa tecnologia, além de uma apostila para elas consultarem em caso de dúvidas”, afirma a instrutora Priscila Dias.

Para a professora Alessandra Soares, não foi difícil se adaptar. “Alguns professores estranharam, mas eu logo peguei o jeito e hoje já preparo as aulas na plataforma. A lousa (digital) tem bem mais recursos e os alunos tem mostrado mais interesse, eles ficam vidrados na tela”, diz.

Ana Paula Domingos, professora de informática do Cebrac questiona os benefícios da tecnologia na educação. Para ela, que atualmente desenvolve sua dissertação de mestrado na Universidade Tecnológica Federal do Paraná sobre mesmo tema, a tecnologia pode sim contribuir com o ensino, mas é necessário avaliar até que ponto eles ajudam. “Tenho uma visão positiva sobre esses empreendimentos, pois eles se aproximam da linguagem dos alunos. Entretanto, o professor precisa cumprir a função de mediador, já que com o excesso de informação é necessário filtrar os conteúdos para não dispersar do foco”, conclui.

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