Em plena comemoração dos 190 anos da cidade, Ponta Grossa completa também o último dia da feira.O evento atraiu não somente crianças, mas cumpriu o papel de trazer o público familiar e completar mais um dia de atividades.
O último dia foi marcado por contações de histórias, espetáculos teatrais, lançamento de livros, exibição de documentário, brincadeiras com os palhaços do SOS Alegria, show de magia com Mágico Monsil, apresentação da banda Black Samba Soul e encerramento com agradecimentos do prefeito Marcelo Rangel.
Em destaque o lançamento do livro PG de A a Z e outras crônicas de Ben-Hur Demeneck no estande da Livrarias Curitiba. Momento de grande movimento para compra, fotos e autógrafos. O autor conta que a obra foi toda pensada em lançar na data de hoje para comemorar o aniversário da cidade. Sobre a ideia da obra como um todo, Demeneck conta que faz crônicas há cerca de sete anos e traz o alfabeto como iniciais de histórias locais com 27 crônicas. “A ideia é ver mesmo a questão da nostalgia”, conta. O público alvo do livro pertence, segundo o autor, a todos que tiverem curiosidade e interesse. Mas principalmente quem conhece Ponta grossa e quem gosta de crônica.
A feira também marcou a vida de outros autores como o escritor independente, Maury de Souza, que com apenas uma mesa e um banner,conseguiu vender cerca de 150 exemplares de seu livro, Depois da Terra de Ninguém, por R$10,00 cada exemplar. “A feira talvez seja o maior evento cultural da cidade de Ponta Grossa, porque juntou cinema, música, teatro, contação de histórias e livros em um só lugar”, afirma Maury, e conta que a organização do livro foi feita em seis meses, mas as poesias são da vida inteira. Para o escritor do livro Stânix, O Poder dos Elementos, Eder Traskini, que teve o pré-lançamento no estande da GGPEL durante a tarde, a feira também foi um momento de conquista. O autor conta que a situação é inacreditável. “Ano passado eu estava na Flicampos apenas assistindo a palestra de Andre Vianco, agora eu estou lançando um livro na mesma editora que ele”. Traskini também afirma que “a Flicampos é uma oportunidade. cenário ideal para um lançamento de livro, principalmente para quem está começando”.
O último dia também trouxe um exemplo de vida com a peça teatral A fé também vem pelo ouvir da União dos deficientes visuais de Ponta Grossa (Unidev) sob a direção de Heloise Frehse Pereira. A história abordou uma reflexão das atitudes que são tomadas diariamente e formas de se aproximar de Deus. A colaboradora e diretora da Unidev fala da importância da apresentação. “É um modo de demonstrarmos a inclusão social e dizer que todo mundo é capaz”.
Em todo o momento e em todos os cantos foi possível ver o empenho de cada integrante e o interesse em cada visitante em todas as atividades. A contação de histórias com Lucélia Clarindo,Elainy Zahailo e Grupo Caipira Viola mais uma vez cumpriram o papel de trazer à crianças, jovens e adultos o mundo da imaginação e das histórias animadas e de valor.
A amostra do documentário Helena de Curitiba, de Josina Melo, sobre a poetisa Helena Kolody, também atraiu olhares durante a tarde no auditório da Biblioteca Municipal. Vencedor como melhor vídeo-documentário no Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba (2005), o vídeo mostrou momentos da vida da poetisa, as influências ucranianas, a dedicação na arte de escrever, o trabalho com magistério e a paixão única pela poesia. Para Mariane Filipkowski, ver a mostra é um prazer. “Tinha curiosidade de ver o documentário e acho que Helena representa e muito a poesia. Maravilhosa!”, completa.
Reportagem de Mariana Okita
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