Grafite: a arte das ruas

Poucos sabem, mas hoje, 27 de março, é lembrado com o Dia do Grafite. Nada oficial, mas os amantes da arte no Brasil marcaram este dia como forma de homenagem ao artista plástico Alex Vallauri, precursor do grafite no país. Esta forma artística ganhou forma a partir da década de oitenta, quando jovens começaram a tomar o espaço vazio de muros, fachadas e paredes como maneira de manifestação. A prática cotidiana ganhou relevância e traços próprios a partir do cotidiano dos artistas.

Hoje, o grafite não é exclusividade das ruas, tomando galerias e museus de todo o mundo, com grandes artistas brasileiros reconhecidos internacionalmente, como Os Gêmeos, Nina Pandolfo e Titi Freak. A internet alavancou a distribuição e visualização das obras, chegando a ter uma ferramenta específica no Google – o Google Street View, onde os visitantes catalogam os grafites pelas ruas das principais cidades do mundo. São Paulo conta com o maior número de obras, ultrapassando 5 mil marcações.

Em Ponta Grossa, a arte também está presente em várias ruas, no centro e na periferia, como na Avenida Dom Geraldo Pelanda, Avenida Visconde de Taunay, Avenida Carlos Cavalcanti Rua Guerra Junqueira.

Alez Vallauri

O artista plástico nasceu na Etiópia, cresceu na Itália e chegou ao Brasil em 1965. Aprimorou sua técnica de artes gráficas na Europa, depois de formado em comunicação visual. A exposição de sua arte começou em São Paulo, onde usava spray e um molde de papelão para desenhar botas. Ganhou o “Prêmio Arte Comunicação”, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) – uma das maiores premiações da área no Brasil, em 1981, pelo conjunto de seus trabalhos. O precursor do grafite no país morreu em 27 de março de 1987, data lembrada hoje como o Dia do Grafite.

por  Eduardo Godoy e Luana Stadler

Nenhum comentário

Adicione seu comentário

Skip to content