A Incubadora de Empreendimentos Solidários (IESol) produziu um catálogo para divulgar e viabilizar a comercialização de produtos dos feirantes. Artesanato, colares e bijuterias, salgadinhos e peças de jardinagem estão entre os itens divulgados nas redes sociais. Por conta da pandemia, os grupos encubados pela IESol, principalmente os que participavam da Feira Solidária na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), interromperam completamente as atividades, retomando as vendas somente pelas redes sociais. O grupo mais afetado foi a Associação de Feirantes Solidários (AFESOL), que produz alimentos e artesanato.
A AFESOL conta com sete participantes e funcionava antes da pandemia em um imóvel onde eram produzidos e armazenados materiais feitos pelos produtores. Devido à pandemia, as atividades foram interrompidas em março. Os produtores não puderam utilizar o espaço nos meses de março e abril para a venda de produtos, gerando dívidas com água, luz e aluguel do local.
Para auxiliar os produtores, A IESol promoveu um financiamento coletivo e arrecadou três mil reais, que já foram distribuídos entre o grupo da AFESOL para quitar as dívidas e para adquirir matéria-prima para recomeçar as produções. O catálogo feito pela IESol auxilia na venda adaptada ao contexto da pandemia, como conta Manuela Salau Brasil, técnica administrativa da UEPG lotada na IESol. Com a produção feita, mas sem a Feira Solidária, já que as aulas presenciais da UEPG foram suspensas, os produtores não poderiam vender em espaços físicos. “Então o passo seguinte foi elaborar um catálogo virtual com os produtos”, explica Manuela. O catálogo apesenta todos os produtos e serviços que eram encontrados na feira Solidaria da UEPG.
Os grupos apresentados no catálogo são AFESOL, Associação Campos Gerais de Jardinagem e Saboaria Artesanal. “Pelo menos três grupos que nós acompanhamos, como parte do processo de incubação, tinham só a feira como ponto de comercialização e divulgação dos produtos”, observa.
Janete S. Rosa, vice-coordenadora da AFESOL, está divulgando seus produtos no catálogo e destaca a importância do diálogo entre a IESol e os produtores. “A IESol tem mantido contato constante com os membros da AFESOL, mesmo à distância, procurando achar alternativas para que as vendas possam se concretizar”. Ela também ressalta a importância do trabalho solidário: “aprendi a conviver e trabalhar em grupo, contribuindo e cooperando para o crescimento de todos”.
Maria Alice e Helena Gonçalves Pinheiro estão trabalhando em casa no período de isolamento e vendem seus produtos por meio da internet ou entrega em domicílio. As artesãs consultadas notaram diminuição das vendas, pois possuíam uma clientela fixa na Feira Solidária.
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