Membros do ‘Project Yume’ lançam mangá ponta-grossense

por Antonio Correia

Pingüins, anões de jardim e muito frio. Esse é o cenário do mangá “A primeira geada do ano”, escrito por Diego Juraski e desenhado por Fabiano Ferreira “Bim”. Os dois primeiros capítulos da obra foram lançados nesta semana e vendidos no stand do ‘Project Yume’ no Flicampos (Festival Literário Internacional dos Campos Gerais) pelo preço de R$ 2,00 cada.

A história se passa nos arredores do Campus de Uvaranas da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Em uma madrugada muito fria, o personagem principal é acordado por dois pingüins que lhe fazem uma proposta. Mesmo com o frio, ele aceita o desafio e segue em uma cômica aventura cheia de mistérios. Na medida em que o leitor lê a história, identifica traços marcantes da região, como a floresta das araucárias dentro do Campus, o Parque Rio Verde e o monumento “Cocozão”, demolido há alguns anos.

O roteirista e membro do ‘Yume Mangá Studio’ Diego Juraski, 29, fala como surgiu a inspiração para a obra. “Foi numa madrugada fria em que teve a primeira geada do ano, eu tinha passado a noite acordado, tomei muito café e estava muito inspirado”. Ele afirma que incorporou elementos do cotidiano como anões de um jardim próximo à sua casa, paisagens características de Uvaranas e uma história que seu pai lhe contava: “Está tão frio, que é capaz de um pinguim bater na nossa porta e pedir para entrar”, lembra.

Segundo Diego, inicialmente, o conto foi escrito para a internet e teve grande repercussão. Foi então que Fabiano Ferreira, o “Bim”, 24, lhe fez uma proposta. “Eu vi o conto em um fórum e propus ao Diego criar o mangá a partir da história”. Ele explica que o processo de confecção do livro durou cerca de dois anos. A obra fez sucesso entre os leitores de uma feira em São Paulo. Mesmo assim, Fabiano refez o mangá original, insatisfeito com o primeiro resultado.

A cultura do Mangá presente no FliCampos

O ‘Project Yume’ é uma associação cultural sem fins lucrativos, que reúne os adeptos do mangá e da cultura japonesa em geral. No Flicampos, o grupo montou um stand onde foram oferecidas diversas atividades. Segundo a coordenadora Thayane Ribeiro, 18, foram feitas exposições de mangá, oficina de desenho, jogos de RPG e demonstrações de Swordplay (que consiste no combate com espadas de isopor).

A oficina de desenho foi ministrada por Fabiano Ferreira. Ele explicou técnicas básicas aos participantes, como movimentos de mão, noções de geometria, proporção e perspectiva. As oficinas foram oferecidas gratuitamente para o público da Feira, ao qual foi disponibilizado todo o material necessário.

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