Músicas leves vencem o som pesado do 29º FUC

E o grande destaque da noite foi… O som estridente. A primeira etapa do Festival Universitário da Canção (FUC) trouxe prejuízo para algumas apresentações, que apostaram nos instrumentos elétricos para elevar as batidas de suas músicas, mas tudo o que aconteceu foi um barulho desconfortável, ecoado pelos quatro cantos do teatro. Até para quem estava sentado nos fundos, em uma sala completamente lotada, teve dificuldade de entender a letra das primeiras músicas.

Os vencedores da noite fizeram do som perigoso o seu ganho. Melodias leves conseguiram contornar o estridente, a potência do microfone foi colocada a favor das vozes calmas e a parte instrumental de simples acordes de violão, que embalou o público com uma música agradável de ouvir.

Doce, leve e regionalista, a música “Sabiá”, de Geordani Castilho, conquistou o primeiro lugar na Etapa Regional. Suas raízes sertanejas encantaram o público com uma letra cheia de paisagens rurais. Sua voz, que era conhecida em meio a tantas outras do Coro Cidade de Ponta Grossa, conseguiu no solo realizar uma boa apresentação, sem grandes problemas.

Outra apresentação que envolveu o público foi a da Banda Mofaya GangJah, que investiu no balanço de reggae para que todos acompanhassem a sua música. Contudo, foi mais um caso que o som pesou na qualidade da apresentação. “Filhos da Terra”, apresentada pela banda, não ganhou nenhum prêmio, mas trouxe uma letra contemporânea e encantou o público com o seu ritmo.

De volta à calmaria, a dupla composta por Mônica Laizan e Joãozinho, Duoella brincou com a poesia na letra de “Pequenas Palavras”, em uma melodia simples e harmoniosa. Não apresentaram problemas com o sistema de som e era perceptível a segurança nas vozes e nos instrumentos. Juntando todos esses requisitos, coube a eles o segundo lugar da Etapa Regional.

O terceiro lugar viu o sonho da classificação incerto, por ser a primeira apresentação da noite a tomar para si todas as dificuldades técnicas. O público ficou um tanto incomodado, quando Camila Silva abusou do poder das notas, para um som que já estava nas alturas. A música “Domingo ao Entardecer” conquistou reconhecimento pelo seu compor, utilizando de elementos naturais para narrar à história de chegadas e partidas. O grupo mostrou todo o seu potencial, mas o som acabou deixando a apresentação exagerada.

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