Por E. Nivek
O ator andava meio triste…
Ia de um lado para outro,
sem personagem, sem ato.
Interpretava! Mas vazio.
Não tinha alegria para
fazer seu personagem sorrir,
e nem medo para fazê-lo temer.
Mas a tristeza, essa,
apertava seu peito.
Um dia, um amigo
tentou descobrir
o que estava acontecendo.
E cambaleante, perdido e distante,
o ator respondeu:
– Estou abraçado a um único
instante… a uma única cena.
Era o beijo na amada…
só que na tela do cinema.
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