Sangue, cicatrizes, ferimentos e muitos Zumbis. O clima de horror tomou conta do centro de Ponta Grossa na segunda edição da “Zombie Walk PG”, evento promovido pelo coletivo “ZWPG” em parceria com o “Project Yume” no dia 2 de novembro.
Com muita criatividade e inspiradas em personagens de terror centenas de pessoas saíram às ruas para celebrar os mortos-vivos. Em Ponta Grossa, o número de adeptos ao movimento praticamente dobrou em relação à primeira edição. “Esse ano temos pelo menos o dobro de pessoas, acredito que isso deve-se à divulgação do projeto” afirma Diego Juraski, coordenador do movimento. Para ele, a falta de informação é um fator que dificulta a realização da caminhada zumbi. “Uma das dificuldades é o preconceito das pessoas que não conhecem como a Zombie Walk funciona, já que o evento em geral não recebe cobertura da mídia”.
A caminhada dos zumbis ponta-grossenses
Exatamente às 18 horas, o Terminal central foi tomado pelos mortos-vivos que causavam estranhamento aos indivíduos que voltavam para casa. “Esperamos que as pessoas se assustem de verdade, mas isto depende da reação de cada um”, diz Kevin Schemiguel. A marcha seguiu pelo Parque Ambiental, onde crianças que brincavam tranquilamente foram surpreendidas. Algumas preferiram esconder-se, mas outras se divertiram com aquela multidão. No calçadão sem vida devido ao feriado, gritos, urros e grunhidos quebraram o silêncio no final de tarde ensolarado.
Os cidadãos que passavam pelas ruas vazias não sabiam exatamente o que acontecia. Provavelmente ficavam se perguntando: Será que os mortos ressuscitaram? “Fiz a minha fantasia no improviso. Mesmo assim acho que as pessoas vão ficar boquiabertas”, conta Guilherme Schnekenberg, que participou pela primeira vez da caminhada. “O horror vai tomar conta de quem estiver passando por perto” completa Flayane Gonçalves, zumbi amiga de Guilherme.
O destino final da “zumbizeira” foi o Pub Underground, bar de rock localizado na Rua Xavier da Silva. Lá a segunda Zombie Walk foi sepultada de forma bem macabra com show da banda ponta-grossense de Punk Rock Bolores. Os participantes também “sacudiram o esqueleto” com a discotecagem feita pelos coordenadores do Zombie Walk PG.
Reportagem de Antonio Correia
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