Marcando o encerramento do II Festival de Contadores de Histórias de Ponta Grossa, o Cine Teatro Ópera recebeu na última sexta-feira (17) três atrações de fora do Paraná. Com grande público presente, a noite foi de agradecimentos e descontração.
Abrindo as apresentações da noite, Renê Rodrigues, contador de histórias do Ceará trouxe ao público o conto do João Preguiça. Já do interior de São Paulo, o artista Zé Bocca contou ‘O garanhão, a mula e o petiço’. E o encerramento ficou com a Cia. Teatral Boccaccione, também de São Paulo.
Marcado por atividades em diferentes espaços da cidade, o evento que se encerra deixa boas impressões aos organizadores. Alfredo Mourão de Andrade, da Fundação Municipal de Cultura conta que o principal avanço neste ano foi uma ampliação do festival e a complementação de linguagens. ‘’Nós estamos tentando chegar aos poucos, encontrando as pessoas aonde elas estão, mas também trazendo elas para os espaços oficiais”, fala Alfredo sobre a experiência de levar os contadores até a comunidade.
A edição deste ano trouxe ao público 55 contadores incluindo os artistas locais. Zé Bocca, que participa de festivais desde 2012 reforça a importância dos editais na seleção dos artistas. “Achei muito legal esse princípio, pois torna o processo mais democrático e profissional, a pessoa tem que comprovar o que faz e como resultado tivemos essa solidez de trabalhos’’.
Gabriela Vansan, atriz do grupo Boccaccione, conta que eles nunca haviam participado de um evento só para contadores. “Acho fantástico ter um festival que não seja um festival de teatro, seja só de contação’’.
O público presente interagiu e se divertiu com as histórias, dando um retorno positivo aos artistas. Acompanhando o festival ao longo de toda a semana, Vianei Junior diz que o evento desperta curiosidade e propõe uma brincadeira com a imaginação. “O evento que traz uma mensagem de conotação moral e forma a consciência de um cidadão comprometido com uma sociedade melhor”. Vianei acredita, nesse sentido, que para as crianças, esses eventos são ainda mais importantes. “Eles incentivam a conscientização politica e social, resgatando valores importantes para a sua vida em sociedade”.
Reportagem de Mayara Mirante e Nathasja Rotter
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