O grupo Olaria Cartoneira promoveu o lançamento de três autores nesta quinta-feira (12), às 19h30, no Boteco da Estação. Dos três autores, duas eram poetisas acadêmicas de Letras. A divulgação e captação de novos autores acontece pelo facebook pela falta de recursos do projeto. Alguns convites já foram feitos como para Barbara Monique e Tanise Rafaele da Silva Sutil. A editora vem tentando uma maior aproximação principalmente com autoras que queiram publicar seus livros com os selos da Editora.
Barbara Monique, 20 anos, acadêmica de Letras e autora do livro “Uma ursa na floresta de si mesma” destacou que o lançamento do seu primeiro livro foi um grande passo e que agora as pessoas podem ter acesso ao seu trabalho. “Eu sempre tive vontade de publicar mas nunca achei que fosse possível.” O livro fala principalmente sobre empoderamento feminino, desilusões amorosas e sobre a própria autora.
Tanise Rafaele da Silva Sutil, acadêmica de Letras, que também publicou seu primeiro livro chamado “Até a alma ficar nua”, espera que esta seja a primeira de muitas publicações. “Sempre tive o sonho de escrever, tanto que entrei no curso para isso. A poesia me define. Eu so precisava de um empurrãozinho”.
O mais experiente entre os autores que participaram do lançamento era Sebastião Natalio, com o livro “Domingo no parque”. Ele já participava de saraus de poesia e oficinas de haicais. Sebastião, que alem de escritor é artista plástico há 28 anos, produziu as capas de algumas cartoneiras. Na produção do conjunto, o artista demorou uma semana. Para ele, a importância do lançamento é dar visibilidade a novos artistas. “Hoje há várias editoras independentes na cidade e isso é importante, pois falta visibilidade na produção literária da cidade”. Sebastião ainda destacou o formato da publicação para autores que não têm dinheiro para publicar seu primeiro livro.
O nome do projeto veio do bairro de Olarias, pois os idealizadores participavam de um sarau de poesia no local, como conta Marco Aurélio de Souza, idealizador do Olaria Cartoneira. “O projeto foi inspirado em um projeto de cartoneiras argentino como uma forma de levar livros baratos e diferentes às pessoas. Então fizemos em Ponta Grossa com autores da cidade e região porque muitos dos novos autores não têm espaço e quando têm ele já está preenchido.” O grupo trabalha com autores da região, mas a Olaria cartoneira tem outro selo, 277, para publicações de todo o Paraná.
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